Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Título: Jantar em Família
Link: ff net
Autor: Adriana Swan
Shipper: Scorpius/Albusfic mais família/friendship que slash
Imagem usada: 4
Sinopse: No universo de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, Albus tem a brilhante ideia de convidar Scorpius para ir jantar na casa dele durante as férias. O que poderia dar errado em um jantar na casa dos Potter, não é mesmo?
- Scorpius, porquê você não vai passar pelo menos uma noite lá em casa? – Albus se jogou sobre a cama, insatisfeito. Era o último dia de aula do terceiro ano e suas roupas estavam espalhadas pelo quarto enquanto todos os pertences de Scorpius já estavam devidamente dobrados e guardados dentro de seu malão. – Você não sabe como é horrível passar as férias confinado na mesma casa que o James.
- Você sabe que é uma péssima ideia – Scorpius falou, começando a catar as roupas do rapaz moreno para ajuda-lo.
- É uma ótima ideia – Albus insistiu, olhando o teto do quarto enquanto imaginava. – Você podia vir num dia, dormir e voltar para casa no dia seguinte. Não é possível que seu pai não fosse deixar.
- Meu pai não é o problema – Scorpius falou, embora não tivesse certeza total se Draco deixaria ele ir dormir na casa dos Potters. – Não sabemos se seu pai me aceitaria lá.
- Porquê não aceitaria?
- Você sabe muito bem por que não aceitaria – Scorpius falou em tom mais baixo. Mesmo que o pai de Albus não acreditasse nos boatos sobre ser filho de Voldemort, ainda era filho de um ex-Comensal da Morte.
- Já pensei nisso – Albus falou sentando-se na cama. – Não vou pedir a meu pai, vou pedir a minha mãe, é claro que ela vai deixar.
- E seu pai? – Scorpius perguntou, franzindo o cenho.
- Meu pai trabalha o dia todo no Ministério, ele nem vai reparar que você está lá – Albus deu de ombros despreocupado. – Ele nunca repara em nada que acontece em casa mesmo.
Scorpius suspirou, achando o plano horrível, mas com uma ponta de esperança de poder ver Albus durante as férias.
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X
- Hey, bichas.
Scorpius se encolheu no sofá da casa dos Potter como se fosse um filhote de doninha ao ouvir a conhecida voz de James Potter chegando na sala.
- Sai daqui, James – Albus ralhou com o irmão, irritado. Scorpius havia chegado na casa dele há menos de meia hora e já estava sofrendo bullying. Que ótimo.
- Você não contou ao papai que ia trazer um Malfoy para dentro de nossa casa, não é? – James implicou dando um tapa na nuca de Albus e se jogando no sofá em frente aos dois meninos.
- Papai não se importa com quem eu trago para me visitar nas férias.
- Se importa se for um Comensal da Morte, nerd e bicha – o rapaz mais velho apontou para o irmão mais novo, desafiador. – Você não tem medo do papai descobrir sobre vocês?
- Descobrir o quê? – Scorpius perguntou, hesitante.
- Que vocês são namorados – o rapaz riu, deliciado com a ideia de Harry descobrir. – Papai vai te matar se souber que você gosta de rapazes. Ele já odeia você mesmo.
- James, pare de implicar com seu irmão – veio a voz meio abafada de Ginny da cozinha.
Ele continuou rindo sem dar importância a mãe.
- Papai vai botar Malfoy para fora no momento que entrar em casa.
O coração do loiro disparou, preocupado, já extremamente arrependido de ter aceitado a ideia do amigo de ir até ali. Era mesmo uma péssima ideia.
- Mãe, você tá ouvindo isso?! – Albus reclamou falando alto para ela ouvir, aborrecido.
- James, não mexa com os garotos – Ginny ralhou, ainda da cozinha.
- Mas mãe, eu só estou brincando com eles – James respondeu com um sorriso maldoso que a mãe não podia ver já que não estava na sala.
- Scorpius, meu bem, não ligue para o James. Você é muito bem vindo aqui – Ginny falou, a voz se afastando como se ela estivesse realmente ocupada com alguma outra coisa e não tivesse tempo para brincadeiras de crianças.
- Mal posso esperar para o papai chegar e ver Malfoy aqui – James se levantou ainda com o sorriso nos lábios e saiu da sala cantarolando, despreocupado. Scorpius virou-se para o amigo, preocupado.
- Acho que eu não devia ter vindo...
- Papai não vai te mandar embora no meio da noite – Albus tentou assegurá-lo, mas sua voz vacilou um pouco.
- Foi uma péssima ideia...
- Não, não foi. Estamos juntos durante as férias, é isso que importa – o menino respondeu e sentiu um desejo quase irrefreável de segurar a mão do loiro a seu lado, para dar-lhe mais confiança. Só não o fez porque James podia voltar e ia ficar pensando outras coisas sobre eles.
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O jantar estava horrível.
Não era só a comida com aspecto duvidoso que estava realmente ruim, mas o clima na mesa não podia ser pior. Lily estava passando as férias na casa de Rose, deixando à mesa apenas Albus e Scorpius sentados diante de James, enquanto Ginny colocava o resto dos pratos, copos e suco.
- Do que é esse suco? – Scorpius perguntou a Albus baixinho, após ver que o suco tinha um tom de verde lodo muito estranho.
- Não sei muito bem, mas sei que é algo muito bom para saúde – Albus respondeu desanimado. Em Hogwarts podia beber de tudo que sua mãe não deixava ali.
- Tem... folhas... dentro – Scorpius comentou olhando o suco mais de perto, desconfiado.
- Sua namorada é cheia de frescuras, Albus – o mais velho riu dos dois.
- James! – Ginny reclamou em sinal de aviso, colocando a última tigela sobre a mesa e servindo os dois meninos mais jovens no prato.
- Mas mãe é só brincadeira. Eles sabem que estou brincando.
Albus lançou um olhar venenoso ao irmão, porém sua atenção foi distraída para a gororoba cinzenta que Ginny colocara em seu prato e no de Scorpius.
- Hummm, mãe, - o menino começou sem saber como perguntar. – Isso é... mingau?
- Era um ensopado, mas eu passei do ponto, então acrescentei umas verduras esmagadas. São ótimas para saúde, muito usadas por esportistas. Vocês vão adorar – ela afirmou servindo o próprio prato com um pouco.
Scorpius engoliu em seco enquanto James comia grandes garfadas daquela coisa. Gastronomia era mais a área de Draco do que a sua, mas Scorpius tinha certeza que ensopados não deviam ter consistência o bastante para serem comidos de garfo ou terem um tom estranho de cinza, mas não tinha coragem de reclamar. Arriscou provar uma pequena garfada para inicio de conversa e descobriu que o gosto era ainda pior que o aspecto. Tentou beber um gole do suco de seja-lá-o-que-fosse-aquilo, mas quase se engasgou quando descobriu que devia ser suco de qualquer-mato-normal sem nenhum açúcar. Quando ergueu os olhos do copo viu James o encarando e esperando que ele reclamasse da comida. Com um esforço digno o menino engoliu tudo.
Um barulho foi ouvido da sala como uma porta se abrindo e o sorriso do rapaz mais velho foi tão grande como se o Natal tivesse chegado mais cedo.
- Papai chegou – ele falou para os dois meninos, animado.
Scorpius ficou tão nervoso que tomou outro gole do suco não identificado. Albus melhorou a postura, inquieto, quando ao pai entrou na cozinha ainda vestindo o longo sobretudo preto, o cabelo bagunçado de quem acabara de desaparatar.
- Harry – Ginny forçou um sorriso. – Como foi no trabalho?
- Horrível – Harry respondeu seco, despindo o sobretudo e o jogando sobre uma cadeira qualquer, parecendo irritado. Os dois meninos trocaram um olhar preocupado e Albus segurou a mão de Scorpius por baixo da mesa. Queria que o loiro se sentisse bem vindo ali.
- Harry, temos visitas – Ginny tentou manter o sorriso forçado. Era a primeira vez que o menino vinha á sua casa, péssimo dia para sair com má impressão.
O olhar de Harry se prendeu a Scorpius, só agora notando o menino ali.
- É o Malfoy, pai – James informou, com prazer.
Scorpius soltou a mão do amigo e se ergueu da cadeira, sentindo o coração acelerar. Já vira o pai de Albus várias vezes antes, mas nunca fora formalmente apresentado a ele, e bem, agora ele pareciam ainda mais intimidador (e já parecia realmente intimidador antes).
- Boa noite, se... senhor Potter. Eu sou Scorpius Malfoy – estendeu a mão para Harry no que achou ser um gesto apropriado.
Harry estreitou o olhar enquanto examinava o menino, como se decidindo se apertava sua mão ou se o gesto era uma afronta. Pelo canto do olho, o loiro podia ver que James ria, mas não ousou desviar seus olhos cinzas dos olhos verdes de Potter, tão iguais e tão diferentes dos olhos amigáveis de seu filho Albus.
- Scorpius Malfoy – Harry repetiu ainda sem apertar a mão do menino, o que fez o garoto se sentir tenso – já ouvi falar muito de você – quando o loiro estava prestes a desistir o homem deu um passo a frente e apertou a mão do rapaz num gesto firme. – Harry Potter. É um prazer.
“Ele não vai me expulsar da casa dele” foi a primeira coisa que passou pela mente do loirinho enquanto apertava a mão de Harry. Um alívio imenso tomou conta do rapaz, enquanto um enorme sorriso feliz se formava em seus lábios ao perceber que seu medo fora infundado. Uma parte de si ficou receosa por Potter ter dito que já “ouvira falar dele” e com certeza se referia as coisas ruins que as pessoas falavam, mas se estava apertando sua mão, é porque não acreditava nelas, não é?
- O prazer é todo meu, - se apressou a dizer enquanto o homem soltava sua mão e se sentava na cadeira vaga á cabeceira da mesa. Scorpius também se sentou, a mão de Albus se entrelaçando aos dedos dele quase instantaneamente por baixo da mesa. – Devo dizer, Sr. Potter, que sou um grande fã seu.
O ex-auror suspirou, cético.
- Estou certo que não é. Não precisa tentar me impressionar porque está em minha casa.
- Ah, eu sou sim – continuou, falando rápido de uma forma que sempre fazia quando se empolgava com alguma coisa. – Eu li tudo sobre o senhor. Tudo. Li a Ascenção e Queda de Voldemort, História da Magia Moderna Parte II, Um Estudo Sobre as Relíquias da Morte, A Morte e A Morte de Harry Potter, O Menino que Quase Não Sobreviveu, que é sem dúvida meu favorito, Lendas e Mitos sobre os Sete Horcruxes, e... e... – Scorpius percebeu que todos na mesa o olhavam e que ele possivelmente havia falado tudo de um fôlego só. Seu sorriso diminuiu e ele mordeu o lábio, inseguro. – E... alguns outros.
Fez-se silêncio na mesa e os olhos cinzas do menino se abriram grandes e brilhantes olhando de Harry para Ginny como se esperasse que fosse ser colocado para fora ou algo assim. O casal trocou um olhar.
- Bem, esse A Morte e a Morte de Harry Potter não é uma fonte muito confiável, se quer minha opinião – Harry respondeu começando a se servir do ensopado. – Foi escrito por Rita Skeeter e só Merlin sabe como ela tem a capacidade de inventar tanta porcaria sobre mim.
- Sério? Mas ela tem vários livros sobre o senhor – Scorpius, que havia lido todos, pareceu preocupado. – Ela tem o Bastidores do Torneio Tribuxo, também o citou no De Nascida Trouxa a Ministra: a Evolução de Granger, ah.. e tem o Sete Amores na Vida de Potter e...
- Pelo menos duas mulheres que ela citou no Sete Amores são mulheres que eu nunca sequer conheci – Harry enfiou o garfo no ensopado, franzindo o cenho para o prato. - Muito jeito para escrever ficção, com certeza, ela tem.
- As outras citadas, entretanto... – Ginny alfinetou, olhando o marido de lado enquanto tomava um pouco do suco. Harry entendeu a indireta, mas a ignorou.
- O que diabos é isso? – Harry tirou uma garfada do ensopado cinzento. – Porção Polissuco envelhecida?
- Ensopado de verduras – Ginny informou. – É saudável.
- Não parece um ensopado – Harry murmurou mais para si que para a esposa.
- Talvez amanhã queira voltar mais cedo e fazer seu jantar.
O casal trocou um olhar significativo antes de Harry finalmente provar a comida.
- Não gostou da comida, Malfoy? – James provocou, vendo que o menino mal tinha tocado no prato.
Scorpius corou quando percebeu que Ginny o olhava. Ele claramente mal tinha provado o que ela colocara em seu prato.
- Eu, hum, gostei sim, Sra. Potter.
- Você nem tocou na comida – o outro rapaz continuou provocando.
- Eu provei sim, é que...
- Scorpius não tem costume com comida totalmente orgânica, mãe – Albus interrompeu em seu auxílio, fuzilando o irmão mais velho com o olhar.
- Fala sério, está na cara que ele achou ruim.
- Não achei não.
- Para de provocar o Scorpius.
- Esse menino é muito fresquinho.
- James, não provoque, estou certa que ele só não está acostumado a esse tipo de comida – Ginny falou, tentando acabar com a confusão entre os adolescentes. – Não precisa comer se não quiser, Scorpius.
- Tudo bem, Sra. Potter, eu vou comer – ele falou, dando outra garfada, mas olhando para a comida sem ter coragem de por aquilo na boca.
- Você está com nojo? – James perguntou, soltando o garfo no próprio prato vazio. – Você veio a nossa casa dizer que está com nojo de nossa comida?
- Não!
- James, pare de provocar o Scorpius. – Albus se intrometeu, zangado.
- Não tenho culpa se sua namorada é cheia de ‘não me toque’.
- Scorpius não é minha namorada!
- Meninos, parem com isso – Ginny tentou intervir.
- Você devia ter vergonha de trazer ele para perto de nossa família.
- Você que devia ter vergonha de tratar ele mal. Ele nunca te fez nada!
- Você devia ter vergonha de andar com essa bicha...
- James – Harry falou, cortando toda a discursão entre os filhos – do que foi que você o chamou?
O silêncio que se abateu sobre a mesa dessa vez foi pesado, a calma na voz de Potter parecendo a Scorpius estranhamente ameaçadora. O menino se encolheu desejando poder desaparatar dali. James forçou um meio sorriso.
- Todo mundo em Hogwarts chama o Malfoy de bicha, pai...
- Você não está em Hogwarts – Harry cortou. – Está em nossa casa e Malfoy é nosso convidado.
- Mas pai, era uma brinca...
- “Mas pai” coisa nenhuma – o sorriso de James morreu. – Você acabou de tentar ofender o menino pelo menos três vezes. Devia se envergonhar. O mínimo que pode fazer é pedir desculpas.
- Desculpa, pai – se apressou a responder.
- Não a mim, James, não foi a mim que você ofendeu. Peça desculpa a Scorpius.
O rapaz olhou para os dois garotos á sua frente. O loirinho tinha os olhos cinzas tão abertos que parecia não acreditar que o jogo pudesse ter virado a seu favor, enquanto Albus tinha um sorriso tão maldoso levemente desenhado no canto de seus lábios que James chegou a pensar que eu irmão devia ter algum problema de psicopatia.
- Todos em Hogwarts sabem que ele é gay...
- Se ele for, e não estou dizendo que ele é, não seria da minha conta e nem da sua.
- Mas pai...
- Agora, James.
O rapaz fez uma careta, contrariado, mas a palavra de seu pai era lei. Sabia que não sairia daquela situação enquanto não obedecesse.
- Desculpa, Malfoy – pediu, e sua voz saiu tão baixa que quase não era possível entender se não fosse o total silêncio na cozinha.
- Ótimo – Harry prosseguiu. – Terminou seu jantar?
- Sim.
- Boa noite, então.
James olhou para o pai, magoado, antes de olhar para os dois meninos com olhos raivosos e se levantar da mesa, se retirando da cozinha em seguida.
O silêncio dessa vez foi bem menor.
- Harry – Ginny falou, claramente contrariada pelas atitudes do marido. – Era mesmo necessário ser tão rude com James?
- O garoto não sabe a diferença entre uma brincadeira e bullying, Ginny – Harry respondeu, ainda calmo. – Então sim, eu acho necessário.
A esposa devia discordar dele, porque em seguida se ergueu, tirou o próprio prato da mesa e o largou sobre a pia de qualquer jeito dizendo que perdera a fome.
Albus, Scorpius e Harry ficaram sozinhos na cozinha, um clima tenso e desagradável no ar. O coração de Scorpius estava cheio de angústia porque parecia que tudo dera errado desde que colocara os pés na casa dos Potter, mas se sentia bem ao mesmo tempo por dois motivos: primeiro porque fora defendido pelo próprio Harry Potter em pessoa e isso era realmente incrível, e segundo porque sentir os dedos de Albus entrelaçados nos seus sob a mesa faria qualquer coisa valer a pena, até comer aquele ensopado se fosse preciso.
Harry pegou a jarra de suco e ficou admirando a cor verde lodo contra a luz.
- Do que é esse suco?
- Eu não sei, mas a mamãe disse que é saldável – Albus respondeu, os dois meninos olhando para Harry.
O homem suspirou fundo, como se tentando manter a paciência. Despejou um pouco de suco num copo, pegou um garfo limpo, enfiou dentro do copo e retirou algo que parecia uma grande folha de uns cinco centímetros de dentro do suco.
- Hum... – Harry comentou, olhando o suco. – Tem... uma folha nesse negócio.
- Aparentemente tem várias, sr. Potter – o loiro falou, sempre informativo.
- Certo – Harry falou, afastando o copo e o prato. – Você come comida de trouxa, Scorpius? Não precisa comer isso. Vou comprar uma pizza para mim, podemos dividir.
O menino mordeu o lábio, hesitante, Harry notou que ele fazia isso com certa frequência.
- Ah, não sei, não quero dar trabalho, - Scorpius trocou um olhar confuso com Albus. – Eu nunca comi pizza.
- Garanto que é melhor que o ensopado – Harry falou, se erguendo e pegando o sobretudo que havia jogado á pouco sobre a cadeira. – Me esperem acordados, volto em vinte minutos.
Os meninos ficaram quietos enquanto ouvindo os passos do ex-auror se afastando pela sala até a porta da frente se fechar indicando que havia saído da casa. Ainda de mãos dadas sob a mesa os dois trocaram um olhar.
- Bem, nada mal para uma primeira noite, acho – Albus comentou com um sorriso de lado. – Eu disse que tudo daria certo.
O loiro repassou mentalmente tudo que dera errado desde que chegara ali e sentiu a pressão dos dedos do moreno aquecendo sua mão e lhe passando segurança.
- Tem razão – Scorpius sorriu. – Tudo deu certo.
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N.A.: Eu confesso que a cena do aperto de mão foi homenagem ao aperto de mão que nunca aconteceu entre Harry e Draco. Reviews?!
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Autor: Adriana Swan
Shipper: Scorpius/Albus
Imagem usada: 4
Sinopse: No universo de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, Albus tem a brilhante ideia de convidar Scorpius para ir jantar na casa dele durante as férias. O que poderia dar errado em um jantar na casa dos Potter, não é mesmo?
Jantar em Família
Adriana Swan
Adriana Swan
- Scorpius, porquê você não vai passar pelo menos uma noite lá em casa? – Albus se jogou sobre a cama, insatisfeito. Era o último dia de aula do terceiro ano e suas roupas estavam espalhadas pelo quarto enquanto todos os pertences de Scorpius já estavam devidamente dobrados e guardados dentro de seu malão. – Você não sabe como é horrível passar as férias confinado na mesma casa que o James.
- Você sabe que é uma péssima ideia – Scorpius falou, começando a catar as roupas do rapaz moreno para ajuda-lo.
- É uma ótima ideia – Albus insistiu, olhando o teto do quarto enquanto imaginava. – Você podia vir num dia, dormir e voltar para casa no dia seguinte. Não é possível que seu pai não fosse deixar.
- Meu pai não é o problema – Scorpius falou, embora não tivesse certeza total se Draco deixaria ele ir dormir na casa dos Potters. – Não sabemos se seu pai me aceitaria lá.
- Porquê não aceitaria?
- Você sabe muito bem por que não aceitaria – Scorpius falou em tom mais baixo. Mesmo que o pai de Albus não acreditasse nos boatos sobre ser filho de Voldemort, ainda era filho de um ex-Comensal da Morte.
- Já pensei nisso – Albus falou sentando-se na cama. – Não vou pedir a meu pai, vou pedir a minha mãe, é claro que ela vai deixar.
- E seu pai? – Scorpius perguntou, franzindo o cenho.
- Meu pai trabalha o dia todo no Ministério, ele nem vai reparar que você está lá – Albus deu de ombros despreocupado. – Ele nunca repara em nada que acontece em casa mesmo.
Scorpius suspirou, achando o plano horrível, mas com uma ponta de esperança de poder ver Albus durante as férias.
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- Hey, bichas.
Scorpius se encolheu no sofá da casa dos Potter como se fosse um filhote de doninha ao ouvir a conhecida voz de James Potter chegando na sala.
- Sai daqui, James – Albus ralhou com o irmão, irritado. Scorpius havia chegado na casa dele há menos de meia hora e já estava sofrendo bullying. Que ótimo.
- Você não contou ao papai que ia trazer um Malfoy para dentro de nossa casa, não é? – James implicou dando um tapa na nuca de Albus e se jogando no sofá em frente aos dois meninos.
- Papai não se importa com quem eu trago para me visitar nas férias.
- Se importa se for um Comensal da Morte, nerd e bicha – o rapaz mais velho apontou para o irmão mais novo, desafiador. – Você não tem medo do papai descobrir sobre vocês?
- Descobrir o quê? – Scorpius perguntou, hesitante.
- Que vocês são namorados – o rapaz riu, deliciado com a ideia de Harry descobrir. – Papai vai te matar se souber que você gosta de rapazes. Ele já odeia você mesmo.
- James, pare de implicar com seu irmão – veio a voz meio abafada de Ginny da cozinha.
Ele continuou rindo sem dar importância a mãe.
- Papai vai botar Malfoy para fora no momento que entrar em casa.
O coração do loiro disparou, preocupado, já extremamente arrependido de ter aceitado a ideia do amigo de ir até ali. Era mesmo uma péssima ideia.
- Mãe, você tá ouvindo isso?! – Albus reclamou falando alto para ela ouvir, aborrecido.
- James, não mexa com os garotos – Ginny ralhou, ainda da cozinha.
- Mas mãe, eu só estou brincando com eles – James respondeu com um sorriso maldoso que a mãe não podia ver já que não estava na sala.
- Scorpius, meu bem, não ligue para o James. Você é muito bem vindo aqui – Ginny falou, a voz se afastando como se ela estivesse realmente ocupada com alguma outra coisa e não tivesse tempo para brincadeiras de crianças.
- Mal posso esperar para o papai chegar e ver Malfoy aqui – James se levantou ainda com o sorriso nos lábios e saiu da sala cantarolando, despreocupado. Scorpius virou-se para o amigo, preocupado.
- Acho que eu não devia ter vindo...
- Papai não vai te mandar embora no meio da noite – Albus tentou assegurá-lo, mas sua voz vacilou um pouco.
- Foi uma péssima ideia...
- Não, não foi. Estamos juntos durante as férias, é isso que importa – o menino respondeu e sentiu um desejo quase irrefreável de segurar a mão do loiro a seu lado, para dar-lhe mais confiança. Só não o fez porque James podia voltar e ia ficar pensando outras coisas sobre eles.
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O jantar estava horrível.
Não era só a comida com aspecto duvidoso que estava realmente ruim, mas o clima na mesa não podia ser pior. Lily estava passando as férias na casa de Rose, deixando à mesa apenas Albus e Scorpius sentados diante de James, enquanto Ginny colocava o resto dos pratos, copos e suco.
- Do que é esse suco? – Scorpius perguntou a Albus baixinho, após ver que o suco tinha um tom de verde lodo muito estranho.
- Não sei muito bem, mas sei que é algo muito bom para saúde – Albus respondeu desanimado. Em Hogwarts podia beber de tudo que sua mãe não deixava ali.
- Tem... folhas... dentro – Scorpius comentou olhando o suco mais de perto, desconfiado.
- Sua namorada é cheia de frescuras, Albus – o mais velho riu dos dois.
- James! – Ginny reclamou em sinal de aviso, colocando a última tigela sobre a mesa e servindo os dois meninos mais jovens no prato.
- Mas mãe é só brincadeira. Eles sabem que estou brincando.
Albus lançou um olhar venenoso ao irmão, porém sua atenção foi distraída para a gororoba cinzenta que Ginny colocara em seu prato e no de Scorpius.
- Hummm, mãe, - o menino começou sem saber como perguntar. – Isso é... mingau?
- Era um ensopado, mas eu passei do ponto, então acrescentei umas verduras esmagadas. São ótimas para saúde, muito usadas por esportistas. Vocês vão adorar – ela afirmou servindo o próprio prato com um pouco.
Scorpius engoliu em seco enquanto James comia grandes garfadas daquela coisa. Gastronomia era mais a área de Draco do que a sua, mas Scorpius tinha certeza que ensopados não deviam ter consistência o bastante para serem comidos de garfo ou terem um tom estranho de cinza, mas não tinha coragem de reclamar. Arriscou provar uma pequena garfada para inicio de conversa e descobriu que o gosto era ainda pior que o aspecto. Tentou beber um gole do suco de seja-lá-o-que-fosse-aquilo, mas quase se engasgou quando descobriu que devia ser suco de qualquer-mato-normal sem nenhum açúcar. Quando ergueu os olhos do copo viu James o encarando e esperando que ele reclamasse da comida. Com um esforço digno o menino engoliu tudo.
Um barulho foi ouvido da sala como uma porta se abrindo e o sorriso do rapaz mais velho foi tão grande como se o Natal tivesse chegado mais cedo.
- Papai chegou – ele falou para os dois meninos, animado.
Scorpius ficou tão nervoso que tomou outro gole do suco não identificado. Albus melhorou a postura, inquieto, quando ao pai entrou na cozinha ainda vestindo o longo sobretudo preto, o cabelo bagunçado de quem acabara de desaparatar.
- Harry – Ginny forçou um sorriso. – Como foi no trabalho?
- Horrível – Harry respondeu seco, despindo o sobretudo e o jogando sobre uma cadeira qualquer, parecendo irritado. Os dois meninos trocaram um olhar preocupado e Albus segurou a mão de Scorpius por baixo da mesa. Queria que o loiro se sentisse bem vindo ali.
- Harry, temos visitas – Ginny tentou manter o sorriso forçado. Era a primeira vez que o menino vinha á sua casa, péssimo dia para sair com má impressão.
O olhar de Harry se prendeu a Scorpius, só agora notando o menino ali.
- É o Malfoy, pai – James informou, com prazer.
Scorpius soltou a mão do amigo e se ergueu da cadeira, sentindo o coração acelerar. Já vira o pai de Albus várias vezes antes, mas nunca fora formalmente apresentado a ele, e bem, agora ele pareciam ainda mais intimidador (e já parecia realmente intimidador antes).
- Boa noite, se... senhor Potter. Eu sou Scorpius Malfoy – estendeu a mão para Harry no que achou ser um gesto apropriado.
Harry estreitou o olhar enquanto examinava o menino, como se decidindo se apertava sua mão ou se o gesto era uma afronta. Pelo canto do olho, o loiro podia ver que James ria, mas não ousou desviar seus olhos cinzas dos olhos verdes de Potter, tão iguais e tão diferentes dos olhos amigáveis de seu filho Albus.
- Scorpius Malfoy – Harry repetiu ainda sem apertar a mão do menino, o que fez o garoto se sentir tenso – já ouvi falar muito de você – quando o loiro estava prestes a desistir o homem deu um passo a frente e apertou a mão do rapaz num gesto firme. – Harry Potter. É um prazer.
“Ele não vai me expulsar da casa dele” foi a primeira coisa que passou pela mente do loirinho enquanto apertava a mão de Harry. Um alívio imenso tomou conta do rapaz, enquanto um enorme sorriso feliz se formava em seus lábios ao perceber que seu medo fora infundado. Uma parte de si ficou receosa por Potter ter dito que já “ouvira falar dele” e com certeza se referia as coisas ruins que as pessoas falavam, mas se estava apertando sua mão, é porque não acreditava nelas, não é?
- O prazer é todo meu, - se apressou a dizer enquanto o homem soltava sua mão e se sentava na cadeira vaga á cabeceira da mesa. Scorpius também se sentou, a mão de Albus se entrelaçando aos dedos dele quase instantaneamente por baixo da mesa. – Devo dizer, Sr. Potter, que sou um grande fã seu.
O ex-auror suspirou, cético.
- Estou certo que não é. Não precisa tentar me impressionar porque está em minha casa.
- Ah, eu sou sim – continuou, falando rápido de uma forma que sempre fazia quando se empolgava com alguma coisa. – Eu li tudo sobre o senhor. Tudo. Li a Ascenção e Queda de Voldemort, História da Magia Moderna Parte II, Um Estudo Sobre as Relíquias da Morte, A Morte e A Morte de Harry Potter, O Menino que Quase Não Sobreviveu, que é sem dúvida meu favorito, Lendas e Mitos sobre os Sete Horcruxes, e... e... – Scorpius percebeu que todos na mesa o olhavam e que ele possivelmente havia falado tudo de um fôlego só. Seu sorriso diminuiu e ele mordeu o lábio, inseguro. – E... alguns outros.
Fez-se silêncio na mesa e os olhos cinzas do menino se abriram grandes e brilhantes olhando de Harry para Ginny como se esperasse que fosse ser colocado para fora ou algo assim. O casal trocou um olhar.
- Bem, esse A Morte e a Morte de Harry Potter não é uma fonte muito confiável, se quer minha opinião – Harry respondeu começando a se servir do ensopado. – Foi escrito por Rita Skeeter e só Merlin sabe como ela tem a capacidade de inventar tanta porcaria sobre mim.
- Sério? Mas ela tem vários livros sobre o senhor – Scorpius, que havia lido todos, pareceu preocupado. – Ela tem o Bastidores do Torneio Tribuxo, também o citou no De Nascida Trouxa a Ministra: a Evolução de Granger, ah.. e tem o Sete Amores na Vida de Potter e...
- Pelo menos duas mulheres que ela citou no Sete Amores são mulheres que eu nunca sequer conheci – Harry enfiou o garfo no ensopado, franzindo o cenho para o prato. - Muito jeito para escrever ficção, com certeza, ela tem.
- As outras citadas, entretanto... – Ginny alfinetou, olhando o marido de lado enquanto tomava um pouco do suco. Harry entendeu a indireta, mas a ignorou.
- O que diabos é isso? – Harry tirou uma garfada do ensopado cinzento. – Porção Polissuco envelhecida?
- Ensopado de verduras – Ginny informou. – É saudável.
- Não parece um ensopado – Harry murmurou mais para si que para a esposa.
- Talvez amanhã queira voltar mais cedo e fazer seu jantar.
O casal trocou um olhar significativo antes de Harry finalmente provar a comida.
- Não gostou da comida, Malfoy? – James provocou, vendo que o menino mal tinha tocado no prato.
Scorpius corou quando percebeu que Ginny o olhava. Ele claramente mal tinha provado o que ela colocara em seu prato.
- Eu, hum, gostei sim, Sra. Potter.
- Você nem tocou na comida – o outro rapaz continuou provocando.
- Eu provei sim, é que...
- Scorpius não tem costume com comida totalmente orgânica, mãe – Albus interrompeu em seu auxílio, fuzilando o irmão mais velho com o olhar.
- Fala sério, está na cara que ele achou ruim.
- Não achei não.
- Para de provocar o Scorpius.
- Esse menino é muito fresquinho.
- James, não provoque, estou certa que ele só não está acostumado a esse tipo de comida – Ginny falou, tentando acabar com a confusão entre os adolescentes. – Não precisa comer se não quiser, Scorpius.
- Tudo bem, Sra. Potter, eu vou comer – ele falou, dando outra garfada, mas olhando para a comida sem ter coragem de por aquilo na boca.
- Você está com nojo? – James perguntou, soltando o garfo no próprio prato vazio. – Você veio a nossa casa dizer que está com nojo de nossa comida?
- Não!
- James, pare de provocar o Scorpius. – Albus se intrometeu, zangado.
- Não tenho culpa se sua namorada é cheia de ‘não me toque’.
- Scorpius não é minha namorada!
- Meninos, parem com isso – Ginny tentou intervir.
- Você devia ter vergonha de trazer ele para perto de nossa família.
- Você que devia ter vergonha de tratar ele mal. Ele nunca te fez nada!
- Você devia ter vergonha de andar com essa bicha...
- James – Harry falou, cortando toda a discursão entre os filhos – do que foi que você o chamou?
O silêncio que se abateu sobre a mesa dessa vez foi pesado, a calma na voz de Potter parecendo a Scorpius estranhamente ameaçadora. O menino se encolheu desejando poder desaparatar dali. James forçou um meio sorriso.
- Todo mundo em Hogwarts chama o Malfoy de bicha, pai...
- Você não está em Hogwarts – Harry cortou. – Está em nossa casa e Malfoy é nosso convidado.
- Mas pai, era uma brinca...
- “Mas pai” coisa nenhuma – o sorriso de James morreu. – Você acabou de tentar ofender o menino pelo menos três vezes. Devia se envergonhar. O mínimo que pode fazer é pedir desculpas.
- Desculpa, pai – se apressou a responder.
- Não a mim, James, não foi a mim que você ofendeu. Peça desculpa a Scorpius.
O rapaz olhou para os dois garotos á sua frente. O loirinho tinha os olhos cinzas tão abertos que parecia não acreditar que o jogo pudesse ter virado a seu favor, enquanto Albus tinha um sorriso tão maldoso levemente desenhado no canto de seus lábios que James chegou a pensar que eu irmão devia ter algum problema de psicopatia.
- Todos em Hogwarts sabem que ele é gay...
- Se ele for, e não estou dizendo que ele é, não seria da minha conta e nem da sua.
- Mas pai...
- Agora, James.
O rapaz fez uma careta, contrariado, mas a palavra de seu pai era lei. Sabia que não sairia daquela situação enquanto não obedecesse.
- Desculpa, Malfoy – pediu, e sua voz saiu tão baixa que quase não era possível entender se não fosse o total silêncio na cozinha.
- Ótimo – Harry prosseguiu. – Terminou seu jantar?
- Sim.
- Boa noite, então.
James olhou para o pai, magoado, antes de olhar para os dois meninos com olhos raivosos e se levantar da mesa, se retirando da cozinha em seguida.
O silêncio dessa vez foi bem menor.
- Harry – Ginny falou, claramente contrariada pelas atitudes do marido. – Era mesmo necessário ser tão rude com James?
- O garoto não sabe a diferença entre uma brincadeira e bullying, Ginny – Harry respondeu, ainda calmo. – Então sim, eu acho necessário.
A esposa devia discordar dele, porque em seguida se ergueu, tirou o próprio prato da mesa e o largou sobre a pia de qualquer jeito dizendo que perdera a fome.
Albus, Scorpius e Harry ficaram sozinhos na cozinha, um clima tenso e desagradável no ar. O coração de Scorpius estava cheio de angústia porque parecia que tudo dera errado desde que colocara os pés na casa dos Potter, mas se sentia bem ao mesmo tempo por dois motivos: primeiro porque fora defendido pelo próprio Harry Potter em pessoa e isso era realmente incrível, e segundo porque sentir os dedos de Albus entrelaçados nos seus sob a mesa faria qualquer coisa valer a pena, até comer aquele ensopado se fosse preciso.
Harry pegou a jarra de suco e ficou admirando a cor verde lodo contra a luz.
- Do que é esse suco?
- Eu não sei, mas a mamãe disse que é saldável – Albus respondeu, os dois meninos olhando para Harry.
O homem suspirou fundo, como se tentando manter a paciência. Despejou um pouco de suco num copo, pegou um garfo limpo, enfiou dentro do copo e retirou algo que parecia uma grande folha de uns cinco centímetros de dentro do suco.
- Hum... – Harry comentou, olhando o suco. – Tem... uma folha nesse negócio.
- Aparentemente tem várias, sr. Potter – o loiro falou, sempre informativo.
- Certo – Harry falou, afastando o copo e o prato. – Você come comida de trouxa, Scorpius? Não precisa comer isso. Vou comprar uma pizza para mim, podemos dividir.
O menino mordeu o lábio, hesitante, Harry notou que ele fazia isso com certa frequência.
- Ah, não sei, não quero dar trabalho, - Scorpius trocou um olhar confuso com Albus. – Eu nunca comi pizza.
- Garanto que é melhor que o ensopado – Harry falou, se erguendo e pegando o sobretudo que havia jogado á pouco sobre a cadeira. – Me esperem acordados, volto em vinte minutos.
Os meninos ficaram quietos enquanto ouvindo os passos do ex-auror se afastando pela sala até a porta da frente se fechar indicando que havia saído da casa. Ainda de mãos dadas sob a mesa os dois trocaram um olhar.
- Bem, nada mal para uma primeira noite, acho – Albus comentou com um sorriso de lado. – Eu disse que tudo daria certo.
O loiro repassou mentalmente tudo que dera errado desde que chegara ali e sentiu a pressão dos dedos do moreno aquecendo sua mão e lhe passando segurança.
- Tem razão – Scorpius sorriu. – Tudo deu certo.
X
N.A.: Eu confesso que a cena do aperto de mão foi homenagem ao aperto de mão que nunca aconteceu entre Harry e Draco. Reviews?!
Swan- Vermelho 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Vou comentar aqui mesmo sobre a história acima. Preciso dizer que eu adorei essa história Swan? E essa comida da Ginny? Meu Deus eu ri alto só de pensar no gosto dessa "Comida orgânica" KKKKKKKKKK Sério, foi demais. Sem contar em como foi fooooooofo ao máximo. Adorei, sério. <3
Paulinha m.- Vermelho 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Título: Maldito Problema
Link: Nyah
Autor: Paulinha
Shipp: Draco - ?
Item: Sorriso
Sinopse: Draco está tentando resolver seu problema. Mas seu maldito chefe não esta colaborando.
Maldito problema
Draco tinha um segredo.
Oh, Merlin. Ele não tinha um segredo. Ele tinha um maldito problema cruciando seu cérebro.
E agora, como se não bastasse, ele estava divagando sobre o segredo. O problema. Os dois. Estava realmente ficando maluco.
Parou de olhar para o teto, e finalmente se levantou de sua cama. Não dava pra enrolar mais, logo estaria atrasado para o trabalho. E que Salazar o ajude se isso o fizesse encontrar seu chefe pelos corredores.
Caminhou até o banheiro, suas costas doíam o lembrando de que já não era nenhum adolescente, em seguida fez sua higiene e desceu as escadas até a sala de jantar, para tomar seu desjejum.
— Bom dia. — disse, assim que entrou no cômodo.
— Bom dia, filho. — respondeu Narcisa, antes de levar sua xícara de chá à boca.
Draco olhou sua mãe, e pensou em como ela era tão bonita pelas manhãs. “Genes Malfoy são realmente maravilhosos, é claro.” Foi o que refletiu. Comeu rapidamente, enquanto trocava poucas palavras com sua, agora, única família e se despediu com um beijo em sua testa. Pegou sua pasta que estava no escritório, e rumou para sala, parando no centro desta e pensando que podia ser como seus velhos tempos em Hogwarts, onde os fins de semana pareciam durar mais tempo.
Não dava mais para enrolar, então com um suspiro, desaparatou rumo ao Ministério.
No caminho para sua sala cumprimentou a todos apenas com um olhar. Afinal, era um Malfoy, e não fazia seu feitio dar bom dia a cada uma daquelas pessoas. Tinha mais o que fazer. E isso se referia a não dar de cara com seu chefe pelo trajeto. De preferência nunca.
Ao entrar, escaneou toda sua sala com um olhar. Nada fora de ordem. Sentou-se então em sua cadeira, relaxando imediatamente. Sempre relaxava ao sentar em sua cadeira extremamente confortável. Presente de Pansy, é claro. Assim como ele, ela também era partidária do conforto, não importa a hora ou lugar.
Pegou um dos relatórios que estava na pilha em sua frente, e começou a lê-lo. Muitos não gostavam dessa parte do trabalho, mas ele apreciava, e muito na verdade. Isso sempre o relaxava e o fazia pensar melhor. Agora sim poderia refletir com mais clareza, e dar um jeito de levar para as profundezas aquele segredo que o estava importunando. Ora essa, convivia com aquele segredo há anos, e agora ele estava vindo o infernizar mais frequentemente do que o de costume. E é claro que alguém tinha culpa, e com certeza não era Draco.
Era seu chefe. Seu maldito chefe.
Claro que ter um chefe não lhe agradava muito. Preferia ele mesmo se dar ordens. Trabalhar no Ministério da Magia lhe custou muito esforço, afinal, não queriam um ex- Comensal da Morte trabalhando em um lugar de extrema importância. Mas estudou, obteve todos os N.I.E.M.s exigidos, e cursou a academia assim como todos os outros. Sendo, é claro, um dos melhores de sua turma. Na verdade, o segundo melhor. Porque se tivesse sido o melhor, não teria que receber ordens de alguém.
Parou de ler o relatório que estava em suas mãos por um minuto, ao lembrar-se de seu segredo. Estava começando a divagar em como estava numa situação deveras complicada, quando ouviu um barulho de algo caindo do lado de fora de sua sala. Voltou à atenção então para o pergaminho, e deu graças a Merlin por ter uma sala só para si.
Claro, era subchefe. Mas não chefe. Porque este era um grande imbecil.
No começo pirou, é claro. Foram chamados, os dois, no gabinete do ministro, e lá se encontravam o próprio e seu chefe naquela época. Não estava gostando nada daquilo, sabia que algo que não gostaria ia acontecer. “Ir à outra missão com esse idiota? Não. Por favor. Não aguento mais essa provação.” Foi o que pensou assim que foi chamado. Mas é claro, subestimou o destino, e o que lhe esperava foi bem pior. Com sorrisos, chefe e ministro os parabenizaram por excelentes desempenhos, que agradeceram instantaneamente. E então veio o Avada Kedrava direto em sua cara. O imbecil seria promovido a chefe. E Draco a subchefe. Ficou feliz com sua promoção, óbvio. Mas não poderia ter sido pior. Sabia que teria que conviver com seu chefe mais do que já o fazia, e isso o fez ter vontade de vomitar. Mas aceitou o cargo, é claro.
Agora estava começando a se arrepender. Por que aceitou o maldito cargo? Ainda teria aquele imbecil como chefe, mas não teria tanto contato com o infeliz. Ele o estava provocando. Merlin, só podia ser. O desgraçado ia à sua sala de hora em hora, isso quando não o chamava para a sua. E suas salas eram vizinhas, para seu desespero. Só fazia alguns meses, mas já estava sendo um martírio. Não sabia o quanto iria aguentar.
No começo nem foi tão difícil assim, o imbecil entrava em sua sala, ou o chamava para a sua, e discutiam sobre o trabalho. Às vezes discutiam sobre outra coisa, mas os velhos costumes não morrem, não é mesmo? Havia também as reuniões, e as missões que sempre estavam juntos. Detestável, mas já estava se acostumando. O pior mesmo estava acontecendo há algumas semanas. Na verdade, fazia duas semanas, 4 dias, 17 horas, 32 minutos, e, hm, 14 segundos? Mas quem estava contando? Com certeza Draco não estava.
A partir daquele dia, algo vinha acontecendo. Algo que não deveria acontecer. Algo que nunca fora direcionado a ele. E seu segredo estava transbordando, e o fazendo transpirar de raiva – e talvez de outras emoções.
Olhou para o relógio e notou que já se marcavam quase dez horas. Suspirou e pensou que hoje ele estava demorando. Melhor assim, é claro. Estava começando a ter um fio de esperança que talvez fosse um daqueles dias que eles nem se cruzavam. Eram dias que não tinham tempo nem para respirar, de tantos relatórios para preencher. E se Merlin o ajudasse, esse seria um desses dias.
Agora, esclarecendo uma coisa: o mundo não gostava de Draco. Merlin não gostava de Draco. Os benditos Deuses trouxas não gostavam de Draco. Obviamente, estava tudo contra Draco. Isso porque a porta de sua sala foi aberta e seu chefe entrou, antes mesmo dele ter tido um pouco de esperança.
— Malfoy, Shacklebolt está me enlouquecendo, e quer esses relatórios até o final do dia. Já terminou sua parte?
— Olhe bem para minha mesa, e diga você mesmo, já terminei minha parte? – respondeu para o dito imbecil, e levantou o olhar de mais pura impaciência para aquele ser desprezível.
— Alguém acordou com o pé esquerdo hoje? – esperou uma resposta, mas o que obteve foi um rolar de olhos por parte de Draco, que logo voltou a dar atenção para seu relatório. – É sério Malfoy. Eu ainda preciso ler o que você escreveu para dar meu parecer, e se não entregar até o final do dia, estarei morto.
— E eu ficaria tão feliz com isso. Só vá e morra. – proferiu o Malfoy, sem ao menos olhar seu tão querido chefe. Este bufou, e Draco segurou um sorrisinho. – Ainda falta toda essa pilha que está bem na frente do seu ridículo nariz, então, assim que terminar mando te entregar.
— Não vai dar tempo. – disse exasperado e se sentou na cadeira em frente da mesa de Draco pegando um relatório de uma pilha menor. — Estes você já leu, certo?
— Sim, o que tem? — Draco levantou o olhar para ele curioso.
— Vou ficar aqui. Os que você terminar, eu já leio imediatamente. Será bem mais rápido. – falou pegando uma pena para anotar alguma coisa no rodapé do pergaminho, e não percebendo que o outro o olhava como se fosse uma aberração.
“Calma. Respira Draco. Esse grande idiota só vai ficar aqui e examinar essas porcarias de relatórios.” Pensou já entrando em desespero. Se soubesse, com certeza teria virado a noite fazendo esses relatórios para não ter que passar por essa situação. “Mas é só ficar em silêncio e ele já vai embora. Não vou nem notar. Isso. Vou fingir que ele nem existe. É claro.” Já estava se acalmando quando o outro levantou o olhar e o pegou com uma expressão, pra dizer no mínimo, estranha.
— Não precisa fazer essa cara, Malfoy. – falou fitando Draco, — Sei que não gosta da minha companhia, mas é necessário ok? Não quero que Kingsley me mate, e sei que apesar do que disse, sou seu chefe preferido e sentiria minha falta. Então colabore. — e sorriu.
Desgraçado. Imbecil. Grandissíssimo idiota. Um filho da puta. Isso mesmo. Um porra de um filho da puta.
Esse era o problema. O palerma estava sorrindo. O sorriso mais bonito e sincero que Draco já tinha visto em toda sua vida. E vinha pegando Draco desprevenido com esses sorrisos faz dias. E isso o estava deixando louco. Aquele maldito nunca sorrira assim para ele. E só tinha o visto sorrir assim poucas vezes, mas agora era diferente. Ele estava sorrindo para si. Para Draco. Com a maior cara de paspalho de todo o mundo. Como se não tivesse fazendo Draco derreter por dentro, e se aquecer imediatamente. Como se suas entranhas não estivessem dando um puxão estranho, e desconhecido pra ele. E isso vinha acontecendo sem explicação, de repente.
Draco o olhou com a mesma expressão que sempre fazia quando isso acontecia: uma cara de “O que Diabos está acontecendo aqui?”, e os olhos cinzas e brilhantes focados naquele sorriso. E o imbecil aumentou mais o sorriso, e abaixou o olhar para seu relatório. E Draco não podia se sentir mais idiota que naqueles momentos, e mais vulnerável também.
Olhando para aquele sorriso, o segredo de Draco aparecia. Submergia das profundezas mais íntimas de seu ser e praticamente explodia dentro dele. O segredo que ele guardara dentro de si desde que olhara pela primeira vez naqueles olhos que tem a mesma cor que sua casa em Hogwarts, porém tão mais vívida. O segredo que jurou não expor, não transparecer, não exibir, não exteriorizar. O segredo que o fazia se sentir tão idiota quanto àquele em sua frente. Ele não podia negar. Nem esconder. Olhar para aquele sorriso o fazia admitir.
Ele o amava. Ele era tão, mas tão apaixonado por seu chefe. Por seu arqui-inimigo de infância. Pelo maldito Cicatriz. Pelo herói do mundo bruxo. Por Harry Potter.
Maldito sorriso.
Link: Nyah
Autor: Paulinha
Shipp: Draco - ?
Item: Sorriso
Sinopse: Draco está tentando resolver seu problema. Mas seu maldito chefe não esta colaborando.
Maldito problema
Draco tinha um segredo.
Oh, Merlin. Ele não tinha um segredo. Ele tinha um maldito problema cruciando seu cérebro.
E agora, como se não bastasse, ele estava divagando sobre o segredo. O problema. Os dois. Estava realmente ficando maluco.
Parou de olhar para o teto, e finalmente se levantou de sua cama. Não dava pra enrolar mais, logo estaria atrasado para o trabalho. E que Salazar o ajude se isso o fizesse encontrar seu chefe pelos corredores.
Caminhou até o banheiro, suas costas doíam o lembrando de que já não era nenhum adolescente, em seguida fez sua higiene e desceu as escadas até a sala de jantar, para tomar seu desjejum.
— Bom dia. — disse, assim que entrou no cômodo.
— Bom dia, filho. — respondeu Narcisa, antes de levar sua xícara de chá à boca.
Draco olhou sua mãe, e pensou em como ela era tão bonita pelas manhãs. “Genes Malfoy são realmente maravilhosos, é claro.” Foi o que refletiu. Comeu rapidamente, enquanto trocava poucas palavras com sua, agora, única família e se despediu com um beijo em sua testa. Pegou sua pasta que estava no escritório, e rumou para sala, parando no centro desta e pensando que podia ser como seus velhos tempos em Hogwarts, onde os fins de semana pareciam durar mais tempo.
Não dava mais para enrolar, então com um suspiro, desaparatou rumo ao Ministério.
No caminho para sua sala cumprimentou a todos apenas com um olhar. Afinal, era um Malfoy, e não fazia seu feitio dar bom dia a cada uma daquelas pessoas. Tinha mais o que fazer. E isso se referia a não dar de cara com seu chefe pelo trajeto. De preferência nunca.
Ao entrar, escaneou toda sua sala com um olhar. Nada fora de ordem. Sentou-se então em sua cadeira, relaxando imediatamente. Sempre relaxava ao sentar em sua cadeira extremamente confortável. Presente de Pansy, é claro. Assim como ele, ela também era partidária do conforto, não importa a hora ou lugar.
Pegou um dos relatórios que estava na pilha em sua frente, e começou a lê-lo. Muitos não gostavam dessa parte do trabalho, mas ele apreciava, e muito na verdade. Isso sempre o relaxava e o fazia pensar melhor. Agora sim poderia refletir com mais clareza, e dar um jeito de levar para as profundezas aquele segredo que o estava importunando. Ora essa, convivia com aquele segredo há anos, e agora ele estava vindo o infernizar mais frequentemente do que o de costume. E é claro que alguém tinha culpa, e com certeza não era Draco.
Era seu chefe. Seu maldito chefe.
Claro que ter um chefe não lhe agradava muito. Preferia ele mesmo se dar ordens. Trabalhar no Ministério da Magia lhe custou muito esforço, afinal, não queriam um ex- Comensal da Morte trabalhando em um lugar de extrema importância. Mas estudou, obteve todos os N.I.E.M.s exigidos, e cursou a academia assim como todos os outros. Sendo, é claro, um dos melhores de sua turma. Na verdade, o segundo melhor. Porque se tivesse sido o melhor, não teria que receber ordens de alguém.
Parou de ler o relatório que estava em suas mãos por um minuto, ao lembrar-se de seu segredo. Estava começando a divagar em como estava numa situação deveras complicada, quando ouviu um barulho de algo caindo do lado de fora de sua sala. Voltou à atenção então para o pergaminho, e deu graças a Merlin por ter uma sala só para si.
Claro, era subchefe. Mas não chefe. Porque este era um grande imbecil.
No começo pirou, é claro. Foram chamados, os dois, no gabinete do ministro, e lá se encontravam o próprio e seu chefe naquela época. Não estava gostando nada daquilo, sabia que algo que não gostaria ia acontecer. “Ir à outra missão com esse idiota? Não. Por favor. Não aguento mais essa provação.” Foi o que pensou assim que foi chamado. Mas é claro, subestimou o destino, e o que lhe esperava foi bem pior. Com sorrisos, chefe e ministro os parabenizaram por excelentes desempenhos, que agradeceram instantaneamente. E então veio o Avada Kedrava direto em sua cara. O imbecil seria promovido a chefe. E Draco a subchefe. Ficou feliz com sua promoção, óbvio. Mas não poderia ter sido pior. Sabia que teria que conviver com seu chefe mais do que já o fazia, e isso o fez ter vontade de vomitar. Mas aceitou o cargo, é claro.
Agora estava começando a se arrepender. Por que aceitou o maldito cargo? Ainda teria aquele imbecil como chefe, mas não teria tanto contato com o infeliz. Ele o estava provocando. Merlin, só podia ser. O desgraçado ia à sua sala de hora em hora, isso quando não o chamava para a sua. E suas salas eram vizinhas, para seu desespero. Só fazia alguns meses, mas já estava sendo um martírio. Não sabia o quanto iria aguentar.
No começo nem foi tão difícil assim, o imbecil entrava em sua sala, ou o chamava para a sua, e discutiam sobre o trabalho. Às vezes discutiam sobre outra coisa, mas os velhos costumes não morrem, não é mesmo? Havia também as reuniões, e as missões que sempre estavam juntos. Detestável, mas já estava se acostumando. O pior mesmo estava acontecendo há algumas semanas. Na verdade, fazia duas semanas, 4 dias, 17 horas, 32 minutos, e, hm, 14 segundos? Mas quem estava contando? Com certeza Draco não estava.
A partir daquele dia, algo vinha acontecendo. Algo que não deveria acontecer. Algo que nunca fora direcionado a ele. E seu segredo estava transbordando, e o fazendo transpirar de raiva – e talvez de outras emoções.
Olhou para o relógio e notou que já se marcavam quase dez horas. Suspirou e pensou que hoje ele estava demorando. Melhor assim, é claro. Estava começando a ter um fio de esperança que talvez fosse um daqueles dias que eles nem se cruzavam. Eram dias que não tinham tempo nem para respirar, de tantos relatórios para preencher. E se Merlin o ajudasse, esse seria um desses dias.
Agora, esclarecendo uma coisa: o mundo não gostava de Draco. Merlin não gostava de Draco. Os benditos Deuses trouxas não gostavam de Draco. Obviamente, estava tudo contra Draco. Isso porque a porta de sua sala foi aberta e seu chefe entrou, antes mesmo dele ter tido um pouco de esperança.
— Malfoy, Shacklebolt está me enlouquecendo, e quer esses relatórios até o final do dia. Já terminou sua parte?
— Olhe bem para minha mesa, e diga você mesmo, já terminei minha parte? – respondeu para o dito imbecil, e levantou o olhar de mais pura impaciência para aquele ser desprezível.
— Alguém acordou com o pé esquerdo hoje? – esperou uma resposta, mas o que obteve foi um rolar de olhos por parte de Draco, que logo voltou a dar atenção para seu relatório. – É sério Malfoy. Eu ainda preciso ler o que você escreveu para dar meu parecer, e se não entregar até o final do dia, estarei morto.
— E eu ficaria tão feliz com isso. Só vá e morra. – proferiu o Malfoy, sem ao menos olhar seu tão querido chefe. Este bufou, e Draco segurou um sorrisinho. – Ainda falta toda essa pilha que está bem na frente do seu ridículo nariz, então, assim que terminar mando te entregar.
— Não vai dar tempo. – disse exasperado e se sentou na cadeira em frente da mesa de Draco pegando um relatório de uma pilha menor. — Estes você já leu, certo?
— Sim, o que tem? — Draco levantou o olhar para ele curioso.
— Vou ficar aqui. Os que você terminar, eu já leio imediatamente. Será bem mais rápido. – falou pegando uma pena para anotar alguma coisa no rodapé do pergaminho, e não percebendo que o outro o olhava como se fosse uma aberração.
“Calma. Respira Draco. Esse grande idiota só vai ficar aqui e examinar essas porcarias de relatórios.” Pensou já entrando em desespero. Se soubesse, com certeza teria virado a noite fazendo esses relatórios para não ter que passar por essa situação. “Mas é só ficar em silêncio e ele já vai embora. Não vou nem notar. Isso. Vou fingir que ele nem existe. É claro.” Já estava se acalmando quando o outro levantou o olhar e o pegou com uma expressão, pra dizer no mínimo, estranha.
— Não precisa fazer essa cara, Malfoy. – falou fitando Draco, — Sei que não gosta da minha companhia, mas é necessário ok? Não quero que Kingsley me mate, e sei que apesar do que disse, sou seu chefe preferido e sentiria minha falta. Então colabore. — e sorriu.
Desgraçado. Imbecil. Grandissíssimo idiota. Um filho da puta. Isso mesmo. Um porra de um filho da puta.
Esse era o problema. O palerma estava sorrindo. O sorriso mais bonito e sincero que Draco já tinha visto em toda sua vida. E vinha pegando Draco desprevenido com esses sorrisos faz dias. E isso o estava deixando louco. Aquele maldito nunca sorrira assim para ele. E só tinha o visto sorrir assim poucas vezes, mas agora era diferente. Ele estava sorrindo para si. Para Draco. Com a maior cara de paspalho de todo o mundo. Como se não tivesse fazendo Draco derreter por dentro, e se aquecer imediatamente. Como se suas entranhas não estivessem dando um puxão estranho, e desconhecido pra ele. E isso vinha acontecendo sem explicação, de repente.
Draco o olhou com a mesma expressão que sempre fazia quando isso acontecia: uma cara de “O que Diabos está acontecendo aqui?”, e os olhos cinzas e brilhantes focados naquele sorriso. E o imbecil aumentou mais o sorriso, e abaixou o olhar para seu relatório. E Draco não podia se sentir mais idiota que naqueles momentos, e mais vulnerável também.
Olhando para aquele sorriso, o segredo de Draco aparecia. Submergia das profundezas mais íntimas de seu ser e praticamente explodia dentro dele. O segredo que ele guardara dentro de si desde que olhara pela primeira vez naqueles olhos que tem a mesma cor que sua casa em Hogwarts, porém tão mais vívida. O segredo que jurou não expor, não transparecer, não exibir, não exteriorizar. O segredo que o fazia se sentir tão idiota quanto àquele em sua frente. Ele não podia negar. Nem esconder. Olhar para aquele sorriso o fazia admitir.
Ele o amava. Ele era tão, mas tão apaixonado por seu chefe. Por seu arqui-inimigo de infância. Pelo maldito Cicatriz. Pelo herói do mundo bruxo. Por Harry Potter.
Maldito sorriso.
Última edição por paulinhamrs3 em Ter Set 06, 2016 1:01 am, editado 1 vez(es)
Paulinha m.- Vermelho 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Dri eu ameiiiii, já deixei minha review!
Paulinha, o link da sua não funcionou e por isso n comentei lá no Nyah, mas olha eu gostei muito hahaha adoro fics onde o outro é o chefe do Draco, o bichinho fica tão fulo da vida tadinho, uma graça.
Paulinha, o link da sua não funcionou e por isso n comentei lá no Nyah, mas olha eu gostei muito hahaha adoro fics onde o outro é o chefe do Draco, o bichinho fica tão fulo da vida tadinho, uma graça.
Mariana Blackbird- Laranja 3
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Mariana Bellefleur escreveu:Dri eu ameiiiii, já deixei minha review!
Paulinha, o link da sua não funcionou e por isso n comentei lá no Nyah, mas olha eu gostei muito hahaha adoro fics onde o outro é o chefe do Draco, o bichinho fica tão fulo da vida tadinho, uma graça.
Vi mesmo que tava errado isso, caramba KKKK Já arrumei e vou te responder la no Nyah ja que achou por lá
Paulinha m.- Vermelho 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Título: A Doninha Branca
Link: ff.net nyah spirit
Autor: Mariana Bellefleur
Shipper: Draco/Harry insinuado e Scorpius/Albus Friendship mesmo.
Item: Pai
Sinopse: Harry deu de presente a Albus um bichinho de estimação muito inusitado. [Pinhão/Pinhãozinho]
Aquele era um dia muito importante na vida de Albus, talvez até o mais importante, se ele levasse em conta o modo como o pai sempre falara de Hogwarts, ele não podia negar que estava terrivelmente entusiasmado e igualmente apavorado quando embarcou no trem, o discurso tranquilizador de seu pai sobre as casas empurrado para o fundo da mente, ele não iria se apavorar por isso agora, seu pai dissera que não importava qual casa, tudo estaria bem.
Ele estava sozinho no compartimento do trem, não quisera se juntar ao irmão e aos primos, se sentia nervoso e sabia que James pegaria muito no pé dele se percebesse e que Rose e os outros não fariam nada para defendê-lo já que James era "o líder", as mãos dele suavam e o barulho estridente que vinha da gaiola ao seu lado não estava ajudando, ele a pegou e colocou em seu colo, esperando assim acalmar um pouco o animalzinho branco e peludo que ganhara de seu pai como presente de comemoração por ele finalmente estar indo para Hogwarts.
— Calma aí amiguinho. – Tentou ele, falando um pouco para si mesmo também, tentando se lembrar da ênfase do pai ao dizer que ele estava indo começar os melhores sete anos de sua vida. A doninha na gaiola parecia mais calma, Albus decidiu que ele deveria seguir seu exemplo e que deveria escolher um nome para seu novo amiguinho o mais rápido possível, pois Lily já havia começado a chamá-lo de peludinho, o que era ridículo, que tipo de garoto que se preze tem um animal de estimação chamado peludinho?
Ele ouviu o barulho da porta da cabine ranger e já estava se preparando pra mandar James ir pastar quando notou que não era o irmão que estava entrando e sim um garoto pálido e magrelo com olhos azuis cinzentos e cabelo tão loiro que quase chegava a ser branco, Albus não gostava de julgar as pessoas pela aparência, mas o menino tinha cara de metido.
— Posso me sentar com você? Todas as outras estão cheias. – Perguntou ele timidamente com o olhar baixo, Albus quase gargalhou do contraste entre a aparência de esnobe do menino e seu tom de voz baixo e maneiras tímidas.
— Claro, sou Albus Potter, e você? – Se apresentou ele animadamente, seria ótimo se fizessem amizade, assim ele não teria que enfrentar todas as novidades de que o pai falara sozinho.
— Sou Scorpius Malfoy. – Apresentou-se o outro meio receoso, seu pai não era de falar muito do passado, mas Scorpius não era idiota e sabia o suficiente para saber que talvez o garoto o mandasse embora. Qual não foi sua surpresa ao ver o garoto lhe estendendo a mão para um cumprimento todo animado e dizendo "Prazer em te conhecer".
— O que é isso na sua gaiola? – Perguntou ele curioso, parecia uma bola de pelos muito branca e gorda.
— é uma doninha, meu pai me deu de presente. – Respondeu o moreno naturalmente, primeiramente, Scorpius bem que tentou segurar o riso, mas falhou miseravelmente, ele quase se sufocou de tanto rir, aquilo era mesmo inacreditável. – Qual é a graça? – Perguntou Albus genuinamente curioso, ele sabia que não era um animal de estimação comum, mas também não chegava a ser ridículo, bem, pelo menos ele esperava que não.
— No quarto ano meu pai foi transfigurado em uma doninha branca pelo professor Moody porque ele estava brigando com o seu pai . – Revelou o loiro entre risadas, não sabia se deveria trazer a tona as desavenças dos pais deles, mas aquilo era engraçado demais.
— Não Acredito! – Exclamou Albus divertido, seu pai nunca lhe contava as partes engraçadas.
— Ah, pois pode acreditar, papai disse que foi um show e tanto e que seu pai quase morreu de rir até que a vice diretora chegou e consertou ele.
— Você acha que vão fazer esse tipo de coisa com a gente se nós nos comportarmos mal? – Perguntou Albus, de repente muito preocupado, por mais que tivesse achado a história divertida, não queria algo do gênero acontecendo consigo.
— Acho que não, eu fiz a mesma pergunta e papai me disse que essa mulher que era vice diretora na época dele é a diretora agora e ele disse que ela é uma mulher muito justa e que nunca usaria esse tipo de castigo.
— Ah, você está falando de Minerva McGonnagall, eu conheço ela, é amiga do meu pai e minha madrinha. Mas eu não deveria sair contando isso. – Acrescentou ele como se tivesse percebido o erro tarde demais.
— Não se preocupe, não vou contar a ninguém. – Tranquilizou-o o loiro. – Mas, então, qual é o nome dele? – Perguntou ele apontando para a gaiola, queria muito mudar de assunto pois o outro ainda parecia nervoso.
— Bem, eu ainda não sei, minha irmã queria chamar ele de peludinho, mas isso é muito idiota.
— Você tem razão, é muito idiota. – Respondeu o outro entre risadas, que tipo de nome era peludinho? – Bem, vamos escolher um nome pra ele agora. Eu te ajudo. – Prontificou-se ele.
— Não consigo pensar em nada, eu olho pra ele e penso no seu pai. – Confessou o moreno com um sorriso envergonhado.
— Eu também. – Concordou ele gargalhando. – A gente deveria chamar ele de Malfoy. – Sugeriu ele.
— Seria engraçado.
O tempo passara voando e os feriados chegaram depressa, Scorpius estava empolgado para rever o pai pois estava morrendo de saudade, por outro lado estava meio chateado pelo tempo que passaria longe de Albus, os dois tinham desenvolvido uma sólida amizade e um distinto talento para problemas, ele sorria só de pensar no que eles tinham planejado para quando voltassem.
A gostosa onda de familiaridade o invadiu assim que ele entrou em casa, Hogwarts era incrível a seu próprio modo, mas era como Dorothy dizia, não há lugar como o nosso lar. O pai logo se apressou para recebê-lo quando ele chegou, quando o abraçou percebeu que sentira muito mais saudade dele do que imaginara, eles eram muito próximos desde que ficaram sozinhos, o pai era toda a família que ele tinha.
— E então, Scorp? Como foi em Hogwarts? – Perguntou o pai animado enquanto se sentavam á mesa para o chá da tarde.
— Ah papai, foi incrível, é tudo ainda melhor do que o senhor disse! – Afirmou o loirinho, Draco estava deliciado por ver o pequeno tão feliz, tivera muito medo que as pessoas fossem hostis com ele por causa de seu nome.
— Esplêndido, eu estava preocupado, você não dizia muito nas cartas. Fez algum amigo? – Inquiriu ele enquanto passava geleia em um pãozinho.
— Sim. – Respondeu o garoto, de repente meio nervoso, o que não escapou do olhar do pai.
— Algum problema, Scorp?
— Bem, é que eu tenho medo de você não gostar do meu amigo. – Confessou o pequeno.
— E por que eu não gostaria do seu amiguinho? – Perguntou Draco preocupado, já imaginando com que tipo horrível o filho tinha se metido.
— Porque ele... Bem, meu amigo é Albus Potter. – Disse Scorpius, prendendo a respiração, não sabia o que faria se o pai proibisse a amizade. Draco simplesmente o encarava, a expressão não dizendo nada e o silêncio já estava deixando-o nervoso. – Você não vai me proibir de ser amigo dele, vai? – Perguntou o garoto amedrontado.
— Claro que não, Scorp, só fiquei surpreso, é tudo. – Declarou o pai.
— Então você não está bravo? – Quis saber Scopius, incrédulo.
— Não, não estou. – Tranquilizou-o. – Mas me conte, que tipo de coisas vocês aprontam na escola? E não adianta me dizer "nada", não se esqueça de que sou seu pai e lhe conheço muito bem, jovenzinho. – Alertou ele divertido.
— Bem, todo tipo de coisas, sabe, Al tem uns tios que têm uma loja de logros e eles dão muita coisa legal pra ele. – Draco sentiu o sangue gelar só de pensar nas atrocidades Weasley que chegavam ás mãos de seu filho, mas não o interrompeu. – Uma vez nós soltamos fogos filibusteiros no banheiro das garotas. – Confessou Scorpius, parte orgulhoso de sua travessura, parte com medo de ser repreendido pelo pai.
— Imagino a cena. – Foi tudo o que Draco conseguiu dizer sem cair no riso, sabia que deveria repreender o garoto por esse tipo de comportamento, mas o pivete era tão adorável.
— Bem, teve outra vez que Al apareceu com umas vomitilhas e nós achamos que seria engraçado fazer o Malfoy comer umas duas ou três, sabe, pra ver o que acontecia. – Continuou o garoto se sentindo impelido a continuar a relatar ao pai todas as suas aventuras com Al. – O resultado foi péssimo, nós quase o matamos, pobrezinho do Malfoy.
— Pobrezinho do Malfoy? Que Malfoy? – Perguntou Draco e pela cara de medo do filho quando percebeu o escorregão que deu, sentiu que não gostaria nada da resposta.
— é, bom, é que Albus tem uma doninha branca e... – O garoto se interrompeu ao ver que o pai levantara a mão fazendo sinal para que ele parasse de falar.
Harry estava em seu característico transe de monotonia enquanto lia os relatórios em sua mesa quando ouviu sua porta sendo aberta e logo em seguido sendo fechada violentamente, lhe revelando um Draco Malfoy possesso de raiva a sua frente.
— Malfoy? O que você... – Ele não conseguiu terminar sua pergunta a tempo.
— Achou que isso seria engraçado Potter? Você não cresce mesmo não é? Qual é a porcaria do seu problema? – Perguntou o loiro, usando um tom perigosamente controlado e baixo, mas imprimindo toda a sua fúria em cada palavra.
— Draco, eu não... eu não sei do que você está falando. – Confessou ele confuso.
— Estou falando do bichinho de estimação do seu filho, seu cínico. Você achou que seria muito engraçado, não é mesmo? – Acusou-o o loiro.
— Draco, eu realmente não faço ideia do que você está falando.
— Ora, vai se fazer de idiota agora? Se bem que você nem precisa, com essa cara de paspalho. – Draco ficava cada vez mais furioso com a insistência de Potter de negar sua participação no delito. – Você vai negar então que incentivou seu filho a colocar o nome da maldita doninha dele de Malfoy? Hein, seu cínico? – Perguntou ele, agora diretamente, Harry simplesmente não podia acreditar que Albus tinha feito isso, era... brilhante, ele sabia que não era a atitude mais inteligente, mas não conseguiu controlar o surto de riso que se abateu sobre ele e a coisa toda só piorou quando Draco começou a tremer de fúria com aquela expressão indignada no rosto, Céus, aquilo era genial.
— Você pode dar adeus àquele jantar. – Afirmou o loiro com toda a fúria que conseguia e saiu batendo a porta com o pouco de dignidade que ainda lhe restara, deixando Harry se sufocando de tanto rir, que aquele insolente se engasgasse com a própria língua, seria bem empregado.
Ele não estava particularmente de bom humor naquela manhã quando chegou ao trabalho, o que não melhorou nada quando ele percebeu um jarro com peônias brancas em sua mesa, ele sabia bem de quem eram e quase rasgou o cartão e ateou fogo aos pedaços, mas como sempre, sua curiosidade levou a melhor.
Querido Draco
Eu realmente sinto muito por toda a coisa da doninha, não tive a intenção de fazer nenhuma brincadeira quando a comprei para Al, eu nem me lembrava mais desse fato, se você quer saber.
Quanto ao nome, você pode culpar o seu filho por isso, já que foi ele que escolheu, ele provavelmente sabia da história e achou que seria engraçado, não pegue tão pesado, você também já teve onze anos e já foi um imbecil, não é mesmo?
Eu vou estar te esperando no jantar, eu sinceramente espero que vá.
Harry
Era muita petulância do Potter colocar a culpa em Scorpius, e ainda por cima achar que ele ainda se disporia a ir no maldito jantar, a vontade que ele tinha era de mandar um berrador bem desaforado pra ele.
Já em casa á mesa do almoço ele estava inquieto, a maldita curiosidade se manifestando na forma de uma vozinha martelando em sua cabeça o incentivando a dar ao Potter o benefício da dúvida e averiguar a história.
— Scorp, quem escolheu o nome da doninha? – Perguntou ele finalmente.
— Bem, fui eu, mas não fique bravo, é que na hora pareceu engraçado. – Defendeu-se o garoto de maneira afobada com a boca cheia de batata. Como, por Merlin, ele conseguiria brigar com aquela criaturinha?
— É, suponho que sim. – Concluiu ele resignado.
Maldito Potter, agora ele teria que ir ao tal jantar e se desculpar com aquele palerma por ter gritado com ele, simplesmente por educação, é claro, não que ele estivesse interessado naquele aurorzinho mequetrefe, humpf, não mesmo.
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Autor: Mariana Bellefleur
Shipper: Draco/Harry insinuado e Scorpius/Albus Friendship mesmo.
Item: Pai
Sinopse: Harry deu de presente a Albus um bichinho de estimação muito inusitado. [Pinhão/Pinhãozinho]
A Doninha Branca
Aquele era um dia muito importante na vida de Albus, talvez até o mais importante, se ele levasse em conta o modo como o pai sempre falara de Hogwarts, ele não podia negar que estava terrivelmente entusiasmado e igualmente apavorado quando embarcou no trem, o discurso tranquilizador de seu pai sobre as casas empurrado para o fundo da mente, ele não iria se apavorar por isso agora, seu pai dissera que não importava qual casa, tudo estaria bem.
Ele estava sozinho no compartimento do trem, não quisera se juntar ao irmão e aos primos, se sentia nervoso e sabia que James pegaria muito no pé dele se percebesse e que Rose e os outros não fariam nada para defendê-lo já que James era "o líder", as mãos dele suavam e o barulho estridente que vinha da gaiola ao seu lado não estava ajudando, ele a pegou e colocou em seu colo, esperando assim acalmar um pouco o animalzinho branco e peludo que ganhara de seu pai como presente de comemoração por ele finalmente estar indo para Hogwarts.
— Calma aí amiguinho. – Tentou ele, falando um pouco para si mesmo também, tentando se lembrar da ênfase do pai ao dizer que ele estava indo começar os melhores sete anos de sua vida. A doninha na gaiola parecia mais calma, Albus decidiu que ele deveria seguir seu exemplo e que deveria escolher um nome para seu novo amiguinho o mais rápido possível, pois Lily já havia começado a chamá-lo de peludinho, o que era ridículo, que tipo de garoto que se preze tem um animal de estimação chamado peludinho?
Ele ouviu o barulho da porta da cabine ranger e já estava se preparando pra mandar James ir pastar quando notou que não era o irmão que estava entrando e sim um garoto pálido e magrelo com olhos azuis cinzentos e cabelo tão loiro que quase chegava a ser branco, Albus não gostava de julgar as pessoas pela aparência, mas o menino tinha cara de metido.
— Posso me sentar com você? Todas as outras estão cheias. – Perguntou ele timidamente com o olhar baixo, Albus quase gargalhou do contraste entre a aparência de esnobe do menino e seu tom de voz baixo e maneiras tímidas.
— Claro, sou Albus Potter, e você? – Se apresentou ele animadamente, seria ótimo se fizessem amizade, assim ele não teria que enfrentar todas as novidades de que o pai falara sozinho.
— Sou Scorpius Malfoy. – Apresentou-se o outro meio receoso, seu pai não era de falar muito do passado, mas Scorpius não era idiota e sabia o suficiente para saber que talvez o garoto o mandasse embora. Qual não foi sua surpresa ao ver o garoto lhe estendendo a mão para um cumprimento todo animado e dizendo "Prazer em te conhecer".
— O que é isso na sua gaiola? – Perguntou ele curioso, parecia uma bola de pelos muito branca e gorda.
— é uma doninha, meu pai me deu de presente. – Respondeu o moreno naturalmente, primeiramente, Scorpius bem que tentou segurar o riso, mas falhou miseravelmente, ele quase se sufocou de tanto rir, aquilo era mesmo inacreditável. – Qual é a graça? – Perguntou Albus genuinamente curioso, ele sabia que não era um animal de estimação comum, mas também não chegava a ser ridículo, bem, pelo menos ele esperava que não.
— No quarto ano meu pai foi transfigurado em uma doninha branca pelo professor Moody porque ele estava brigando com o seu pai . – Revelou o loiro entre risadas, não sabia se deveria trazer a tona as desavenças dos pais deles, mas aquilo era engraçado demais.
— Não Acredito! – Exclamou Albus divertido, seu pai nunca lhe contava as partes engraçadas.
— Ah, pois pode acreditar, papai disse que foi um show e tanto e que seu pai quase morreu de rir até que a vice diretora chegou e consertou ele.
— Você acha que vão fazer esse tipo de coisa com a gente se nós nos comportarmos mal? – Perguntou Albus, de repente muito preocupado, por mais que tivesse achado a história divertida, não queria algo do gênero acontecendo consigo.
— Acho que não, eu fiz a mesma pergunta e papai me disse que essa mulher que era vice diretora na época dele é a diretora agora e ele disse que ela é uma mulher muito justa e que nunca usaria esse tipo de castigo.
— Ah, você está falando de Minerva McGonnagall, eu conheço ela, é amiga do meu pai e minha madrinha. Mas eu não deveria sair contando isso. – Acrescentou ele como se tivesse percebido o erro tarde demais.
— Não se preocupe, não vou contar a ninguém. – Tranquilizou-o o loiro. – Mas, então, qual é o nome dele? – Perguntou ele apontando para a gaiola, queria muito mudar de assunto pois o outro ainda parecia nervoso.
— Bem, eu ainda não sei, minha irmã queria chamar ele de peludinho, mas isso é muito idiota.
— Você tem razão, é muito idiota. – Respondeu o outro entre risadas, que tipo de nome era peludinho? – Bem, vamos escolher um nome pra ele agora. Eu te ajudo. – Prontificou-se ele.
— Não consigo pensar em nada, eu olho pra ele e penso no seu pai. – Confessou o moreno com um sorriso envergonhado.
— Eu também. – Concordou ele gargalhando. – A gente deveria chamar ele de Malfoy. – Sugeriu ele.
— Seria engraçado.
~*~
O tempo passara voando e os feriados chegaram depressa, Scorpius estava empolgado para rever o pai pois estava morrendo de saudade, por outro lado estava meio chateado pelo tempo que passaria longe de Albus, os dois tinham desenvolvido uma sólida amizade e um distinto talento para problemas, ele sorria só de pensar no que eles tinham planejado para quando voltassem.
A gostosa onda de familiaridade o invadiu assim que ele entrou em casa, Hogwarts era incrível a seu próprio modo, mas era como Dorothy dizia, não há lugar como o nosso lar. O pai logo se apressou para recebê-lo quando ele chegou, quando o abraçou percebeu que sentira muito mais saudade dele do que imaginara, eles eram muito próximos desde que ficaram sozinhos, o pai era toda a família que ele tinha.
— E então, Scorp? Como foi em Hogwarts? – Perguntou o pai animado enquanto se sentavam á mesa para o chá da tarde.
— Ah papai, foi incrível, é tudo ainda melhor do que o senhor disse! – Afirmou o loirinho, Draco estava deliciado por ver o pequeno tão feliz, tivera muito medo que as pessoas fossem hostis com ele por causa de seu nome.
— Esplêndido, eu estava preocupado, você não dizia muito nas cartas. Fez algum amigo? – Inquiriu ele enquanto passava geleia em um pãozinho.
— Sim. – Respondeu o garoto, de repente meio nervoso, o que não escapou do olhar do pai.
— Algum problema, Scorp?
— Bem, é que eu tenho medo de você não gostar do meu amigo. – Confessou o pequeno.
— E por que eu não gostaria do seu amiguinho? – Perguntou Draco preocupado, já imaginando com que tipo horrível o filho tinha se metido.
— Porque ele... Bem, meu amigo é Albus Potter. – Disse Scorpius, prendendo a respiração, não sabia o que faria se o pai proibisse a amizade. Draco simplesmente o encarava, a expressão não dizendo nada e o silêncio já estava deixando-o nervoso. – Você não vai me proibir de ser amigo dele, vai? – Perguntou o garoto amedrontado.
— Claro que não, Scorp, só fiquei surpreso, é tudo. – Declarou o pai.
— Então você não está bravo? – Quis saber Scopius, incrédulo.
— Não, não estou. – Tranquilizou-o. – Mas me conte, que tipo de coisas vocês aprontam na escola? E não adianta me dizer "nada", não se esqueça de que sou seu pai e lhe conheço muito bem, jovenzinho. – Alertou ele divertido.
— Bem, todo tipo de coisas, sabe, Al tem uns tios que têm uma loja de logros e eles dão muita coisa legal pra ele. – Draco sentiu o sangue gelar só de pensar nas atrocidades Weasley que chegavam ás mãos de seu filho, mas não o interrompeu. – Uma vez nós soltamos fogos filibusteiros no banheiro das garotas. – Confessou Scorpius, parte orgulhoso de sua travessura, parte com medo de ser repreendido pelo pai.
— Imagino a cena. – Foi tudo o que Draco conseguiu dizer sem cair no riso, sabia que deveria repreender o garoto por esse tipo de comportamento, mas o pivete era tão adorável.
— Bem, teve outra vez que Al apareceu com umas vomitilhas e nós achamos que seria engraçado fazer o Malfoy comer umas duas ou três, sabe, pra ver o que acontecia. – Continuou o garoto se sentindo impelido a continuar a relatar ao pai todas as suas aventuras com Al. – O resultado foi péssimo, nós quase o matamos, pobrezinho do Malfoy.
— Pobrezinho do Malfoy? Que Malfoy? – Perguntou Draco e pela cara de medo do filho quando percebeu o escorregão que deu, sentiu que não gostaria nada da resposta.
— é, bom, é que Albus tem uma doninha branca e... – O garoto se interrompeu ao ver que o pai levantara a mão fazendo sinal para que ele parasse de falar.
~*~
Harry estava em seu característico transe de monotonia enquanto lia os relatórios em sua mesa quando ouviu sua porta sendo aberta e logo em seguido sendo fechada violentamente, lhe revelando um Draco Malfoy possesso de raiva a sua frente.
— Malfoy? O que você... – Ele não conseguiu terminar sua pergunta a tempo.
— Achou que isso seria engraçado Potter? Você não cresce mesmo não é? Qual é a porcaria do seu problema? – Perguntou o loiro, usando um tom perigosamente controlado e baixo, mas imprimindo toda a sua fúria em cada palavra.
— Draco, eu não... eu não sei do que você está falando. – Confessou ele confuso.
— Estou falando do bichinho de estimação do seu filho, seu cínico. Você achou que seria muito engraçado, não é mesmo? – Acusou-o o loiro.
— Draco, eu realmente não faço ideia do que você está falando.
— Ora, vai se fazer de idiota agora? Se bem que você nem precisa, com essa cara de paspalho. – Draco ficava cada vez mais furioso com a insistência de Potter de negar sua participação no delito. – Você vai negar então que incentivou seu filho a colocar o nome da maldita doninha dele de Malfoy? Hein, seu cínico? – Perguntou ele, agora diretamente, Harry simplesmente não podia acreditar que Albus tinha feito isso, era... brilhante, ele sabia que não era a atitude mais inteligente, mas não conseguiu controlar o surto de riso que se abateu sobre ele e a coisa toda só piorou quando Draco começou a tremer de fúria com aquela expressão indignada no rosto, Céus, aquilo era genial.
— Você pode dar adeus àquele jantar. – Afirmou o loiro com toda a fúria que conseguia e saiu batendo a porta com o pouco de dignidade que ainda lhe restara, deixando Harry se sufocando de tanto rir, que aquele insolente se engasgasse com a própria língua, seria bem empregado.
~*~
Ele não estava particularmente de bom humor naquela manhã quando chegou ao trabalho, o que não melhorou nada quando ele percebeu um jarro com peônias brancas em sua mesa, ele sabia bem de quem eram e quase rasgou o cartão e ateou fogo aos pedaços, mas como sempre, sua curiosidade levou a melhor.
Querido Draco
Eu realmente sinto muito por toda a coisa da doninha, não tive a intenção de fazer nenhuma brincadeira quando a comprei para Al, eu nem me lembrava mais desse fato, se você quer saber.
Quanto ao nome, você pode culpar o seu filho por isso, já que foi ele que escolheu, ele provavelmente sabia da história e achou que seria engraçado, não pegue tão pesado, você também já teve onze anos e já foi um imbecil, não é mesmo?
Eu vou estar te esperando no jantar, eu sinceramente espero que vá.
Harry
Era muita petulância do Potter colocar a culpa em Scorpius, e ainda por cima achar que ele ainda se disporia a ir no maldito jantar, a vontade que ele tinha era de mandar um berrador bem desaforado pra ele.
Já em casa á mesa do almoço ele estava inquieto, a maldita curiosidade se manifestando na forma de uma vozinha martelando em sua cabeça o incentivando a dar ao Potter o benefício da dúvida e averiguar a história.
— Scorp, quem escolheu o nome da doninha? – Perguntou ele finalmente.
— Bem, fui eu, mas não fique bravo, é que na hora pareceu engraçado. – Defendeu-se o garoto de maneira afobada com a boca cheia de batata. Como, por Merlin, ele conseguiria brigar com aquela criaturinha?
— É, suponho que sim. – Concluiu ele resignado.
Maldito Potter, agora ele teria que ir ao tal jantar e se desculpar com aquele palerma por ter gritado com ele, simplesmente por educação, é claro, não que ele estivesse interessado naquele aurorzinho mequetrefe, humpf, não mesmo.
Mariana Blackbird- Laranja 3
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Data de inscrição : 23/08/2016
Idade : 28
Localização : Nárnia
Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
JURO QUE É A ÚLTIMA, PROMETO!
Título: Treino
Link: ff.net nyah
Autor: Mariana Bellefleur
Shipper: Scorpius/Albus
Item: Toque
Sinopse: Albus ajuda seu amigo Scorpius a não fazer papel de bobo.
- Vamos lá, Scorp, eu não tenho a noite toda. – Afirmou Albus exasperado, honestamente, ele não entendia a frescura do amigo, não tinha nada de mais, sério.
- Você fala como se isso fosse simples. – Scorpius acusou-o em um tom baixo, tomando cuidado para não acordar os outros garotos do dormitório, o que era completamente desnecessário, já que Albus havia lançado um muffliato assim que veio se sentar em sua cama e fechou as cortinas.
- É porque é simples, Scorp! – Rebateu o outro já perdendo a paciência.
- Talvez seja simples pra você que a cada semana está se pendurando em uma língua diferente, mas pra mim não é assim. – Disse o loiro irritado, era compreensível que Albus banalizasse algo assim, já que seu currículo amoroso era extenso, mas para Scorpius aquilo era importante e ele estava extremamente frustrado com o fato de o amigo não entende-lo.
- Por Merlin, Scorp, é só um beijo. – Sério mesmo, ele deveria ganhar o prêmio de amigo mais paciente do ano. – Eu estou tentando te ajudar, você quer fazer papel de bobo amanhã com a Rose? – Perguntou ele, sabia que era um golpe baixo, mas isso não o impedia.
- Não, é claro que eu não quero fazer papel de bobo. – Respondeu ele a contragosto, sabia que o amigo estava certo, mas ainda assim...
- Ótimo, venha cá. – Ordenou o moreno já se aproximando mais dele na cama e sentando com as pernas cruzadas embaixo do corpo, Scorpius seguiu o exemplo do amigo até sentir seus joelhos se tocarem, por algum motivo aquele simples toque o deixou muito nervoso, parecia impossível manter a respiração em um ritmo regular. – Calma, Scorp, vai dar tudo certo. – Afirmou ele tomando a mão do outro na sua, estava gelada e tremia, naquele momento lhe ocorreu que Scorp nunca tinha lhe parecido tão frágil, ver o garoto assim tão assustado o fazia sentir um aperto estranho no peito. – Vai ficar tudo bem. – Reafirmou ele acariciando o rosto do loirinho com a mão livre, ele sempre admirara a pele de Scorp, tão delicada e pálida, tão macia ao toque, ele adorava tocar o amigo, sempre procurava desculpas para fazê-lo casualmente, toques inocentes e sem significado aparente, sem levantar suspeitas, já tinha ficado com metade da escola, mas a única pessoa em quem ele desejava tocar daquele jeito era Scorpius. – Você confia em mim?
- Claro, Al. – Respondeu ele, sem sombra de dúvidas. Ele estava tão perto agora, a mão ainda em seu rosto, o trazendo para ainda mais perto, o loiro tentou muito não tremer ao copiar o gesto do amigo, a pele dele era quente e Scorpius conseguia sentir o zumbido de sua mágica por baixo de sua pele, denunciando que na verdade, Al estava nervoso, talvez tão nervoso quanto ele, Albus sempre tinha rompantes de mágica quando ficava nervoso, isso quase o fez rir, mas ele se segurou, não queria arruinar o momento.
Cada vez mais perto, os lábios se tocavam agora, macios e quentes, isso trouxe a Scorpius uma sensação gostosa de frio na barriga, ele tentou não pensar muito enquanto enlaçava seus braços ao redor do pescoço de Albus e o trazia para mais perto, aprofundando o beijo, sentindo o gosto de suco de maçã na boca dele, os dedos de Al percorriam a linha de sua coluna, aquilo o fez sentir um arrepio bom e ele não conteve um suspiro satisfeito, isso fez com que o moreno ficasse ainda mais ousado enquanto explorava a boca de Scorpius, a língua pedindo passagem, passagem que ele rapidamente cedeu, Ele se sentia bobo agora por não querer fazer isso, ele não conseguia imaginar deleite maior do que beijar Albus Potter escondido pelas cortinas de sua cama no meio da madrugada, qualquer pensamento sobre outra pessoa completamente enterrado no canto mais fundo de sua mente, ele detestava soar clichê, mas sentia que podia voar. Cedo demais, o momento terminou e ele sentiu o calor do toque de Al lhe deixando.
- E então? – Quis saber ele, não aguentando encarar em silêncio aqueles olhos tão incrivelmente verdes.
- Eu achei que você foi ótimo, Scorp. – Sentenciou ele com um sorriso bobo.
- Obrigado, Al. - Respondeu o loiro timidamente.
- Eu sei que você queria que seu primeiro beijo fosse com alguém que você gostasse de verdade num momento especial, mas pelo menos assim você já vai treinado né? – Afirmou ele enquanto se levantava e abria as cortinas da cama. – Boa noite, Scorp.
Dizer que ele não tinha conseguido dormir direito seria o eufemismo do século, passara a noite toda com pensamentos zunindo e rodando em sua cabeça, sentindo o toque dos lábios de Al mesmo horas depois, ele se perguntava se tinha sido assim para o moreno também, se ele estaria se sentindo tão desorientado quanto ele estava agora, sem conseguir pregar o olho.
O fato de ser feriado de visita a Hogsmeade fez pouco para melhorar o humor do garoto naquela manhã depois de passar uma noite praticamente em claro, pelo menos ele já tinha feito o que decidiu durante a noite, claramente sua paciência estava sendo testada enquanto esperava por Albus no frio cortante de uma manhã de novembro, ele ainda não tinha descido, nem mesmo para o café, para logo aparecer com a cara toda amassada e um humor ainda pior do que o dele.
Algum tempo depois enquanto procuravam caramelos explosivos na Dedosdemel, o humor de ambos parecia haver melhorado consideravelmente, tanto que Albus achou seguro iniciar uma conversa.
- E então, empolgado? – Inquiriu ele.
- Eu desmarquei com a Rose. – Respondeu o loiro com desinteresse enquanto escolhia os doces.
- Por que? – Perguntou Albus, o tom de surpresa tingindo sua voz.
- Porque eu tive meu primeiro beijo com alguém que eu gosto de verdade num momento especial. – Respondeu Scorpius simplesmente se virando e indo ao caixa para pagar por seus doces, deixando um Albus completamente bestificado para trás.
Título: Treino
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Autor: Mariana Bellefleur
Shipper: Scorpius/Albus
Item: Toque
Sinopse: Albus ajuda seu amigo Scorpius a não fazer papel de bobo.
Treino
- Vamos lá, Scorp, eu não tenho a noite toda. – Afirmou Albus exasperado, honestamente, ele não entendia a frescura do amigo, não tinha nada de mais, sério.
- Você fala como se isso fosse simples. – Scorpius acusou-o em um tom baixo, tomando cuidado para não acordar os outros garotos do dormitório, o que era completamente desnecessário, já que Albus havia lançado um muffliato assim que veio se sentar em sua cama e fechou as cortinas.
- É porque é simples, Scorp! – Rebateu o outro já perdendo a paciência.
- Talvez seja simples pra você que a cada semana está se pendurando em uma língua diferente, mas pra mim não é assim. – Disse o loiro irritado, era compreensível que Albus banalizasse algo assim, já que seu currículo amoroso era extenso, mas para Scorpius aquilo era importante e ele estava extremamente frustrado com o fato de o amigo não entende-lo.
- Por Merlin, Scorp, é só um beijo. – Sério mesmo, ele deveria ganhar o prêmio de amigo mais paciente do ano. – Eu estou tentando te ajudar, você quer fazer papel de bobo amanhã com a Rose? – Perguntou ele, sabia que era um golpe baixo, mas isso não o impedia.
- Não, é claro que eu não quero fazer papel de bobo. – Respondeu ele a contragosto, sabia que o amigo estava certo, mas ainda assim...
- Ótimo, venha cá. – Ordenou o moreno já se aproximando mais dele na cama e sentando com as pernas cruzadas embaixo do corpo, Scorpius seguiu o exemplo do amigo até sentir seus joelhos se tocarem, por algum motivo aquele simples toque o deixou muito nervoso, parecia impossível manter a respiração em um ritmo regular. – Calma, Scorp, vai dar tudo certo. – Afirmou ele tomando a mão do outro na sua, estava gelada e tremia, naquele momento lhe ocorreu que Scorp nunca tinha lhe parecido tão frágil, ver o garoto assim tão assustado o fazia sentir um aperto estranho no peito. – Vai ficar tudo bem. – Reafirmou ele acariciando o rosto do loirinho com a mão livre, ele sempre admirara a pele de Scorp, tão delicada e pálida, tão macia ao toque, ele adorava tocar o amigo, sempre procurava desculpas para fazê-lo casualmente, toques inocentes e sem significado aparente, sem levantar suspeitas, já tinha ficado com metade da escola, mas a única pessoa em quem ele desejava tocar daquele jeito era Scorpius. – Você confia em mim?
- Claro, Al. – Respondeu ele, sem sombra de dúvidas. Ele estava tão perto agora, a mão ainda em seu rosto, o trazendo para ainda mais perto, o loiro tentou muito não tremer ao copiar o gesto do amigo, a pele dele era quente e Scorpius conseguia sentir o zumbido de sua mágica por baixo de sua pele, denunciando que na verdade, Al estava nervoso, talvez tão nervoso quanto ele, Albus sempre tinha rompantes de mágica quando ficava nervoso, isso quase o fez rir, mas ele se segurou, não queria arruinar o momento.
Cada vez mais perto, os lábios se tocavam agora, macios e quentes, isso trouxe a Scorpius uma sensação gostosa de frio na barriga, ele tentou não pensar muito enquanto enlaçava seus braços ao redor do pescoço de Albus e o trazia para mais perto, aprofundando o beijo, sentindo o gosto de suco de maçã na boca dele, os dedos de Al percorriam a linha de sua coluna, aquilo o fez sentir um arrepio bom e ele não conteve um suspiro satisfeito, isso fez com que o moreno ficasse ainda mais ousado enquanto explorava a boca de Scorpius, a língua pedindo passagem, passagem que ele rapidamente cedeu, Ele se sentia bobo agora por não querer fazer isso, ele não conseguia imaginar deleite maior do que beijar Albus Potter escondido pelas cortinas de sua cama no meio da madrugada, qualquer pensamento sobre outra pessoa completamente enterrado no canto mais fundo de sua mente, ele detestava soar clichê, mas sentia que podia voar. Cedo demais, o momento terminou e ele sentiu o calor do toque de Al lhe deixando.
- E então? – Quis saber ele, não aguentando encarar em silêncio aqueles olhos tão incrivelmente verdes.
- Eu achei que você foi ótimo, Scorp. – Sentenciou ele com um sorriso bobo.
- Obrigado, Al. - Respondeu o loiro timidamente.
- Eu sei que você queria que seu primeiro beijo fosse com alguém que você gostasse de verdade num momento especial, mas pelo menos assim você já vai treinado né? – Afirmou ele enquanto se levantava e abria as cortinas da cama. – Boa noite, Scorp.
Dizer que ele não tinha conseguido dormir direito seria o eufemismo do século, passara a noite toda com pensamentos zunindo e rodando em sua cabeça, sentindo o toque dos lábios de Al mesmo horas depois, ele se perguntava se tinha sido assim para o moreno também, se ele estaria se sentindo tão desorientado quanto ele estava agora, sem conseguir pregar o olho.
O fato de ser feriado de visita a Hogsmeade fez pouco para melhorar o humor do garoto naquela manhã depois de passar uma noite praticamente em claro, pelo menos ele já tinha feito o que decidiu durante a noite, claramente sua paciência estava sendo testada enquanto esperava por Albus no frio cortante de uma manhã de novembro, ele ainda não tinha descido, nem mesmo para o café, para logo aparecer com a cara toda amassada e um humor ainda pior do que o dele.
Algum tempo depois enquanto procuravam caramelos explosivos na Dedosdemel, o humor de ambos parecia haver melhorado consideravelmente, tanto que Albus achou seguro iniciar uma conversa.
- E então, empolgado? – Inquiriu ele.
- Eu desmarquei com a Rose. – Respondeu o loiro com desinteresse enquanto escolhia os doces.
- Por que? – Perguntou Albus, o tom de surpresa tingindo sua voz.
- Porque eu tive meu primeiro beijo com alguém que eu gosto de verdade num momento especial. – Respondeu Scorpius simplesmente se virando e indo ao caixa para pagar por seus doces, deixando um Albus completamente bestificado para trás.
Mariana Blackbird- Laranja 3
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
PASSOU, CARALHOOOOOOOOOOOO! AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!
Muito obrigada a todas vocês! Vou comentar as fics!
Muito obrigada a todas vocês! Vou comentar as fics!
Miih- Laranja 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Nossa quantas fics lindas!!!
Vou deixar comentários em todas!
Que projeto lindo cheio de Pinhão e Pinhãozinho *-*
Parabéns a todos envolvidos!!!
Que venham mais projetos lindos igual esse!!!
Vou deixar comentários em todas!
Que projeto lindo cheio de Pinhão e Pinhãozinho *-*
Parabéns a todos envolvidos!!!
Que venham mais projetos lindos igual esse!!!
Jeh Black- Laranja 2
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Nome da fic: Confissão
Links: FF.net | Nyah
Itens: Pai
Ship: Albus/Scorpius
Gênero: Family/Humor
Rating: K
Sinopse: Scorpius apenas esperava que seu pai não surtasse.
Links: FF.net | Nyah
Itens: Pai
Ship: Albus/Scorpius
Gênero: Family/Humor
Rating: K
Sinopse: Scorpius apenas esperava que seu pai não surtasse.
Confissão
Suas mãos suavam. Estava visivelmente nervoso. Andava de um lado para o outro na frente do escritório de seu pai, na mansão Malfoy. Scorpius respirava fundo constantemente. Não deveria ser algo tão difícil assim, por Merlin! Depois de tudo o que havia acontecido há três anos, onde após tanta bagunça na linha temporal, o rapaz havia se aproximado ainda mais do seu pai. Raramente escondia escondia coisas dele.
Contudo, o que estava para revelar dessa vez fugia de tudo o que já havia confidenciado a seu pai antes. Aquilo em particular gostaria de manter em segredo por um pouco mais de tempo, mas foi o próprio Albus quem o incentivou. Se seu pai não surtasse, então sabia que tudo ficaria bem. Mas não imaginava Draco não surtando com o que estava prestes a lhe contar.
Já fazia alguns dias que seu amigo havia aberto o jogo com ele. Na ocasião, o pai do garoto e o pai de Albus haviam deixado que eles comprassem suas coisas para o último ano da escola. O amigo o levara para Floreios e Borrões, o lugar favorito do loiro no Beco Diagonal. E em um corredor escondido, na parte superior da loja, o moreno havia dito, sem jeito, que gostava de uma pessoa. Contudo, nada o preparava para o que viria a seguir.
Mesmo nervoso, Albus havia dito, ou tentado entre os gaguejos, que ele estava gostando de um garoto. Scorpius ficou surpreso. Era comum que o loiro sempre brincasse com ele e toda mulher mais velha que o amigo conhecia, incentivando-o a falar com a moça. Porém, quando viu o seu amigo se ajoelhar a sua frente, tomando a mão pálida na sua e questionando se Scorpius Malfoy o aceitaria mais do que como um amigo, o loiro ficou em êxtase.
Após brincarem com a linha do tempo, um havia dado mais valor ao outro a cada dia. Raramente eram vistos separados. E depois que seus pais haviam se resolvido, também era comum que se vissem com muita frequência nas férias. Depois de tudo o que houve, Harry parecia se dar bastante bem com Albus, apesar de algumas divergências em alguns momentos (como a vez em que brigaram ao decidir o que fariam após um apagão numa cidade trouxa onde os Potter e Scorpius foram passar alguns dias de verão numa cidade na Escócia, ou o que seria servido em uma ceia de natal na casa de Molly Weasley).
Um ano após a confusão com os vira-tempos, Scorpius saiu com Rose Weasley. A garota era inteligente, e adorava conversar sobre livros com ela. Mas foi um fracasso. Ela não havia caçoado com ele, mas foi franca a ponto de informá-lo que eles dois não dariam certo, porque o coração dele sempre pertenceu a uma pessoa. Na época, ele ficou martelando aquela frase várias vezes na sua cabeça. Comentou com seu pai uma vez e o homem apenas riu, e disse que garotas eram complicadas.
E naquele momento, refletindo sobre como abordar que seu melhor amigo o havia pedido em namoro para seu pai, Scorpius Malfoy soube o que Rose quis dizer. Seu coração nunca poderia ser dela porque sempre foi de Albus. Desde a primeira vez que havia pisado no Expresso de Hogwarts. E ele só havia percebido isso dias atrás, com a proposta de seu melhor amigo.
Contudo, o loiro não havia dito nada. Não havia aceitado ou recusado. Do mesmo jeito que veio a euforia, veio também o medo quando percebeu que seu pai iria saber. Ao perceber a reação do amigo, Albus tentou acalmá-lo e falou que aguardaria o tempo que fosse preciso, mas só iria querer aquilo se o outro tivesse certeza. Eles só se limitaram a passar o resto do dia juntos depois de saírem da Floreios e Borrões.
Agora não havia mais saída. Scorpius havia decidido que queria ser feliz ao lado de seu melhor amigo. Mas precisava da benção de seu pai. Ele respirou fundo, e antes que pudesse se arrepender, o rapaz bateu à porta. Levou quase um minuto inteiro para que a voz de Draco anunciasse para o visitante entrar.
- Scorpius. - o homem falou ao ver quem entrava. - Algum problema filho?
- Pai… - o rapaz respirou fundo mais uma vez. - Precisamos conversar. É urgente.
Draco afastou os pergaminhos de sua mesa e chamou a elfa doméstica que servia a família desde seu casamento com Astoria. A criatura apareceu e ele pediu um chá. Ela voltou minutos depois com uma bandeja, onde o bule de chá fumegava, junto com duas xícaras e um prato com os biscoitos que o filho do patrão tanto amava.
- Você está bem? - Draco questionou, servindo chá para si e colocando um pouco na xícara para o filho. - Parece nervoso.
- É que… - respirou fundo e olhou para o pai. - Eu tenho que contar uma coisa.
O homem não falou nada, apenas bebericou de sua bebida, enquanto os olhos cinzas fitavam o filho.
- Lembra quando eu sai com a Rose no ano passado?
- Sim. Você disse que não daria certo.
- É… Então, sobre ela…
- Você não a engravidou, não é?
Scorpius arregalou os olhos.
- O que? Não pai!
- Ufa… - o homem respirou aliviado e tomou mais um pouco de chá. - Você não voltou a sair com a filha dos Weasley?
- Não, não é isso. Mas lembra quando a gente meio que terminou e ela me disse que meu coração pertencia a outra pessoa? O senhor até disse que garotas são complicadas.
- E são. Sua mãe era um terror antes de nos casarmos. E para contar que estava grávida de você? Foi um pesadelo!
Eles riram e trocaram um sorriso à menção de Astoria.
- Continue filho.
- Pois bem pai. - Scorpius limpou a garganta antes de continuar. - Eu estava pensando no que ela disse esses dias, sabe? Eu acho… Que estou gostando de alguém!
O rapaz falou num fôlego só e olhou voltou a olhar para o homem à frente. Ele mantinha a mesma expressão séria e calma de antes. O homem terminou seu chá, colocou a xícara sobre a mesa e se serviu um pouco mais da bebida, como se estivesse pensando no que dizia. Quando Draco voltou a pegar a xícara e bebericar o chá, que agora já estava morno, ele voltou a olhar o filho.
- E quem seria? - ele questionou.
- Bem… Isso ai é um problema.
- Não é a filha do Travers, não é? - Draco perguntou arqueando a sobrancelha, quase incrédulo.
A moça a quem ele se referia se tratava de Alexia Travers. Ela era filha de Marcus Travers, que era amigo de Edmund Flint, marido de sua tia Daphne. Draco não gostava muito do homem. Ele o achava arrogante demais, se gabava demais de sua posição no Ministério, quando na verdade era um subordinado do Potter no departamento de registros.
Apesar de os filhos estudarem em anos diferentes em Hogwarts, eles raramente se viam e nem mesmo se falavam na escola. A mulher havia reunido vários de seus ex-colegas dos tempos de Hogwarts para anunciar que finalmente, após alguns anos casada, teria seu primeiro filho. E foi nessa ocasião que conheceu Alexia.
A moça era até bonita, mas na única conversa que tiveram, ele a detestou. Ela apenas falava sobre seus feitos na escola, sobre o campeonato de quadribol do ano letivo anterior, sempre enaltecendo tudo o que fazia como artilheira, lembrando-o dos gols que havia feito. Ele apenas havia a parabenizado e a dispensado educadamente.
Contudo, desde que seus avós Narcissa e Lucius Malfoy souberam dessa conversa, eles têm insistido que Scorpius encontre as meninas mais vezes. Eles viviam falando sobre manter a pureza no sangue, e como os Travers pertenciam ao que eles chamavam de "Os Sagrados 28", aquela era uma ótima oportunidade de casamento. Contudo, Draco foi contra. Se precisasse manter a pureza de sangue, fariam isso com uma família mais agradável.
- Não pai! - Scorpius fez uma cara de desgosto. - Ela é detestável. E o senhor sabe disso.
Draco respirou aliviado mais uma vez e bebericou mais de seu chá.
- Então quem é Scorpius? O que exatamente pode ser um problema?
- Ok. - Scorpius esfregou as mãos na calça, respirando fundo uma última vez. - O problema é que essa pessoa pode ser um… Um garoto.
O silêncio predominou entre eles. O rapaz não olhava para o pai. Não havia coragem para encará-lo após essa revelação. Contudo, Draco não fez nenhum comentário. Não surtou, como havia imaginado, nem o repreendido. O que havia acontecido? Levantou a cabeça para olhá-lo. Foi sua vez de arquear a sobrancelha. O homem tomava o resto do café na xícara, mas podia jurar que ele escondia o riso.
- Pai?
Ele não respondeu. Abaixou a xícara mais uma vez e a colocou sobre a mesa, porém, não se serviu mais. Apoiou os cotovelos em sua mesa e encarou seu único filho.
- E qual o problema nisso, filho?
- Ah… - o rapaz ficou sem palavras. Não esperava esse comentário do outro. - É… É que… Eu não sei. Achei que o senhor iria surtar. O senhor não vai surtar, vai?
- Não Scorpius.
- Tem certeza?
- Scorpius Malfoy! - Draco o chamou. - Você gosta desse garoto, não é? - o outro assentiu. - E ele gosta de você, estou certo? - assentiu mais uma vez. - Então não vejo problema nisso, desde que esteja feliz. Desde que você saiba o que está fazendo. Eu realmente amei sua mãe, e acho justo que você encontre alguém que ame.
- Obrigado pai.
- E quem é esse garoto? - o mais velho retirou os cotovelos da mesa e se serviu de mais uma xícara de chá, tomando um gole rápido.
- Bem, esse é o outro problema pai. - Scorpius comentou, voltando a esfregar as mãos na calça. - É alguém da escola...
- De Hogwarts? - Draco arqueou a sobrancelha.
- É. E esse é outro problema…
- Problema? Porque filho?
- Bem, talvez você não goste tanto assim dessa pessoa.
- Ah, mas eu gosto do garoto Potter.
Scorpius arregalou os olhos para o pai.
- O que? Não era ele de quem você falava? - o pai perguntou mais uma vez, como quem não entendia a cara assustada do menor.
- É pai, é sim, mas…
- Eu sou o seu pai, Scorpius. Eu sei das coisas.
O filho assentiu e esfregou as mãos uma última vez, como se pensasse no que o homem havia dito. Seu pai chamou sua atenção mais uma vez e sorriu para ele.
- Mais uma vez eu repito: só quero que você seja feliz. - Draco falou, retirando os cotovelos da mesa e voltando a se acomodar na cadeira. - Tem algo mais que queira falar?
- Ah não… Não. Acho que isso é só. Posso ir?
- Pode sim. Não esqueça que jantaremos juntos.
Scorpius assentiu e se levantou, deixando seu pai sozinho, que conteve uma última risada antes de voltar ao trabalho.
Última edição por TayDS em Sex Set 16, 2016 9:22 am, editado 2 vez(es)
TayDS- Laranja 1
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Finalmente postei minha contribuição pra esse projeto lindo
TayDS- Laranja 1
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
Gente, todas vocês receberão uma MP pra falar do fanmix, ok? Eu vou pedir que vocês indiquem musicas pras fics que escreveram.
Miih- Laranja 4
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Re: Voldemort Day - O Projeto. [19/15] [Finalizado]
TayDS, adorei!!!
Ahhh Scorpius amor você não engana ninguém!!! kkkkk
Parabéns pela fic!!!
Ahhh Scorpius amor você não engana ninguém!!! kkkkk
Parabéns pela fic!!!
Jeh Black- Laranja 2
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Localização : Largo Grimmauld
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